"Deixamos este apelo muito claro ao Governo: é urgente que as escolas tenham os computadores que foram prometidos", disse Catarina Martins.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, deixou hoje um apelo ao Governo para a urgência da distribuição pelas escolas dos computadores prometidos, da implementação da tarifa social da internet e do fim das discriminações como a do ensino profissional.
Para assinalar o regresso às aulas em regime não presencial, Catarina Martins reuniu-se esta manhã com a direção da Escola Profissional de Almada, distrito de Setúbal, deixando críticas ao Governo pelos atrasos nos meios necessários para o ensino à distância.
"Deixamos este apelo muito claro ao Governo: é urgente que as escolas tenham os computadores que foram prometidos, e eu lembro que já foram prometidos no início do ano letivo, disse-se que este ano letivo ia arrancar com esses meios tecnológicos e é muito difícil perceber porque é que não arrancou", apontou.
Segundo a líder do BE, é ainda urgente "garantir o acesso à internet, nomeadamente a tarifa social, mais uma vez prometida em abril do ano passado e aparentemente demora mais de um ano a implementar". Para a dirigente bloquista, esta situação é "incompreensível".
"E que estas medidas tenham em conta todo o país, as suas múltiplas realidades e que não se deixe ninguém para trás, nomeadamente não se deixe também os alunos do ensino profissional para trás", defendeu ainda.
Na perspetiva de Catarina Martins, há "uma discriminação sobre os alunos do ensino profissional" que preocupa o BE que "é o facto de estes alunos não terem sequer acesso aos apoios que estão pensados para os outros alunos".
"As escolas profissionais são na sua generalidade no país escolas privadas, mas que fazem serviço público e por isso são financiadas pelo Estado. Não se compreende porque é que os alunos destas escolas não têm acesso aos mesmos meios que os alunos de outras escolas devem ter acesso, nomeadamente a computadores", condenou.
A coordenadora do BE lembrou ainda que "muitas vezes, o ensino profissional, por boas e por más razões, acaba por ser a opção para famílias com menores rendimentos".
"O que quer dizer que, ao excluir-se estas famílias do apoio ao computador, está-se a excluir uma parte importante dos nossos jovens, com uma discriminação sobre o ensino profissional que do nosso ponto de vista não tem nenhum sentido", criticou.
Depois da reunião com a direção desta escola em Almada, as primeiras palavras de Catarina Martins nas declarações aos jornalistas foram para "saudar os professores, toda a comunidade escolar, as famílias pelo esforço que estão a fazer".
"As escolas estão em regimes múltiplos porque na verdade nunca fecharam para os filhos da primeira linha, para quem não pode parar, para as crianças e jovens com necessidades educativas especiais e hoje começa o regime não presencial para todos os outros", apontou.
Os alunos do 1.º ao 12.º ano retomam hoje as atividades letivas, mas longe das escolas, regressando das férias antecipadas para o já conhecido ensino a distância que marcou o final do ano letivo passado.
No total, são cerca de 1,2 milhões de alunos que voltam a ser obrigados a trocar, por tempo indefinido, as salas de aula pelas suas casas, quase um ano depois de, em março, o Governo ter encerrado as escolas e implementado o ensino a distância para conter a pandemia de covid-19.
Se no ano passado o novo regime surpreendeu a comunidade educativa, desta vez já se previa essa possibilidade quando, há duas semanas, se anteciparam as férias e suspenderam as aulas.
BE diz que computadores prometidos e tarifa social de internet são urgentes
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