Secções
Entrar

Metro de Lisboa a funcionar apenas com serviços mínimos

Lusa 25 de outubro de 2022 às 10:19

"Estão a registar-se tempos de espera de 15 a 20 minutos e, até ao momento, não houve problema alguma a registar no acesso às plataformas e aos comboios", disse fonte do Metro de Lisboa.

A adesão à greve de 24 horas dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (ML) é elevada, estando cerca das 09h00 a ser cumpridos apenas os serviços mínimos de 25% da circulação, disse à Lusa fonte sindical.

NUNO FOX/LUSA

"Estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos decretados. Neste momento há um grande espaçamento entre comboios, que provoca muita insegurança, o que, na nossa opinião, vai piorar ao longo do dia", referiu Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

A sindicalista adiantou que nas horas de ponta não vão estar reunidas as condições de segurança necessárias devido ao aumento do fluxo de pessoas às plataformas e comboios.

Contactada pela Lusa, fonte da empresa disse igualmente estarem a ser cumpridos esta terça-feira de manhã os serviços mínimos de 25% da circulação decretados.

"Estão a registar-se tempos de espera de 15 a 20 minutos e, até ao momento, não houve problema alguma a registar no acesso às plataformas e aos comboios", disse ainda a mesma fonte.

Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa estão hoje a realizar uma greve de 24 horas, das 00h00 às 24h00, por melhores condições de trabalho e aumentos salariais.

Segundo a FECTRANS, a administração tem-se mostrado "irredutível e sem qualquer capacidade negocial", enquanto os funcionários "estão a perder poder de compra" e a sentir crescentemente os efeitos da inflação, sem aumentos no vencimento.

Os efeitos da paralisação começaram-se a sentir ainda na noite de segunda-feira, com o encerramento de todas as estações às 23h00, ou seja, duas horas mais cedo do que o habitual.

Hoje, o metro vai funcionar "das 06h30 às 01h00, mas a 25% da circulação normal, prevendo-se tempos de espera superiores ao habitual já que, de acordo com a decisão do tribunal arbitral, foram decretados serviços mínimos obrigatórios de 25%", indicou a empresa numa nota divulgada no seu 'site'.

Ainda segundo a transportadora, a normalização do serviço é esperada a partir das 06h30 de quarta-feira (hora de abertura habitual).

Em declarações à Lusa, na segunda-feira, Anabela Carvalheira estimou que os tempos de espera rondassem hoje "os 20/25 minutos" e lembrou que o metropolitano é um "meio de transporte rápido e no subsolo, que não está preparado para estas situações".

A sindicalista sugeriu, por isso, aos utentes para hoje escolherem outro meio de transporte.

Já este mês, os sindicatos tinham marcado uma greve para o dia 12, que foi depois desconvocada por terem sido decretados serviços mínimos.

Agora, apesar de terem novamente sido decretados serviços mínimos, os sindicatos não desconvocaram a greve e apelaram ao sentido de responsabilidade dos trabalhadores notificados pela empresa para garantirem o cumprimento desses mesmos serviços mínimos.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião). Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e as 01h00.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela