Em entrevista à BBC, o filho mais novo do Rei Carlos III afirmou sentir-se "devastado" por o pai não falar com ele, mas que tem esperança numa reconciliação com a família. Os especialistas dizem que agora não há mesmo retorno possível e que para William terá sido a gota de água.
A presença dos pequenos príncipes George, Charlotte e Louis não estava confirmada, mas acabaram por aparecer ao lado dos pais, William e Kate, na varanda do palácio de Buckingham, no 80º aniversário do Dia da Vitória, que comemora o fim da Segunda Guerra Mundial. Os reis Carlos e Camilla, a princesa Ana e o marido, Timothy Laurence, os duques de Edimburgo e o duque de Kent compuseram o retrato que pretendia afirmar a união e a força da família real britânica.
Com esta imagem, os Windsor conseguiram que aentrevista do príncipe Harryfosse "apagada" sem ter havido qualquer resposta da instituição. Depois de ter perdido a batalha nos tribunais de Londres para recuperar a proteção policial para ele e para a sua família, o filho mais novo do Rei Carlos e da princesa Diana deu uma polémica entrevista exclusiva à BBC. O duque de Sussex afirmou sentir-se "devastado", provocando um forte impacto, como acontece sempre que ele decide falar publicamente.
Um "grito de perdão"
Desde que deixou de ser membro ativo da família real, no início de 2020, e se mudou com a mulher, a norte-americana Meghan Markle, e os dois filhos, para a Califórnia, nos Estados Unidos, Harry, de 40 anos, perdeu o direito à segurança pessoal, paga pelos contribuintes britânicos. Para os especialistas em realeza, a conversa com a jornalista da BBC Nada Tawfik foi uma espécie de "grito de perdão". O príncipe disse que houve "tantos desentendimentos" na família, mas a "única coisa que sobrou" foi a discussão sobre a sua segurança, que, segundo ele, "sempre foi o ponto de discórdia". Mas afirmou ter esperança numa reconciliação, sobretudo com o pai, Carlos III, de 76 anos, que está em tratamento contra um cancro. "Não sei quanto tempo mais o meu pai possa ter. Ele não quer falar comigo sobre as questões de segurança, mas seria bom que nos reconciliássemos. Não adianta mais continuar a lutar porque a vida é preciosa", acrescentou.
Esta foi a confirmação da dimensão da rutura entre Carlos, William e Harry, que também se queixou da falta de contacto entre os seus filhos, Archie, de 6 anos, e Lilibet, de 3, e a família real e que se sentia cansado de ir ao Reino Unido apenas para funerais e processos judiciais. Apesar de o duque de Sussex insistir em reconciliar-se com a família, as suas palavras tiveram um efeito contrário, extinguindo qualquer possibilidade de aproximação. Uma das reações mais esperadas foi a de William, que ficou ainda mais dececionado com o irmão. Fontes próximas revelaram ao The Mirror que para o príncipe de Gales, de 42 anos, esta entrevista é mais um obstáculo insanável para uma reconciliação que Harry afirma querer: "Obviamente não existe qualquer incentivo quando Harry abusa da liberdade para criticar abertamente a família e apresenta sempre apenas um ponto de vista, que é o seu".
Rei está "frustrado" e "magoado"
As mesmas fontes contam que, na época da morte de Isabel II, em setembro de 2022, vários elementos da família pediram a Harry que acabasse com os ataques públicos à Firma. A princesa Ana, irmã do Rei, ter-lhe-á dito que se ele quisesse recuperar a relação com Carlos e William, tinha de parar. Mas não parou e em janeiro de 2023, lançou a sua polémica biografia, Spare (Suplente). "Alguns membros da minha família nunca me perdoarão", reconheceu o próprio Harry, na entrevista à BBC, sobre o livro.
Mas o que mais terá incomodado a Casa Real foi o facto de o príncipe ter dito que não sabe quanto tempo de vida resta ao pai. De acordo com o The Sun, o Palácio de Buckingham considerou de "mau gosto" que o duque de Sussex especule publicamente sobre o estado de saúde de Carlos III. Fontes garantem que o Rei está "frustrado" e "muito magoado" com as declarações do filho.
O príncipe de Gales, que se foi afastando de Harry desde que ele deixou os deveres reais, cortou a relação após o lançamento de Spare. Esta entrevista endureceu ainda mais a sua posição em relação ao único irmão, apesar de antes terem sido inseparáveis. William nem quer ouvir falar de Harry e segundo uma fonte do Daily Beast, já terá garantido que assim que se tornar rei, "uma das primeiras medidas que vai tomar é tirar os títulos de duque e duquesa de Sussex por eles não fazerem parte do círculo de confiança da família real".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.