A editora Bad Boy Records foi fundada por P. Diddy em 1993. Em declarações à BBC, antigos funcionários contaram episódios preocupantes que aconteceram no local.
O antigo executivo da indústria musical Daniel Evans trabalhou no estúdio da editora Bad Boy Records, em Nova Iorque, e diz recordar-se de ameaças feitas por Sean "Diddy" Combs, a colegas seus. O rapper norte-americano, também conhecido por P. Diddy, fundou a editora em 1993 e uma das situações relatadas por Evans terá acontecido em 1997. "Tenho tanto dinheiro agora que podia contratar alguém para te matar e ninguém saberia. Ninguém sentiria a tua falta. Ninguém saberia de nada," terá dito Sean Combs a um colega de Evans.
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De acordo com a informação recolhida pela BBC News, episódios como este surgiram no auge da carreira do músico, que neste momento aguarda julgamento numa prisão em Nova Iorque, após ter sido acusado de tráfico sexual e extorsão em 2024.
O canal britânico falou com mais de 20 pessoas que trabalharam com o artista no estúdio da Bad Boy Records, na década de 1990, e que agora revelam alguns episódios que consideraram preocupantes na altura.
"Houve uma conduta que se tornou mais grave ao longo do tempo e essa conduta remonta aos anos de 1990", diz o advogado Tony Buzbee, que representa dezenas vítimas no caso de P. Diddy, citado pela BBC News. Uma das clientes do advogado alega ter sido violada por P.Diddy durante uma festa de promoção do artista The Notorious B.I.G., que era representado pela editora Bad Boy Records. Posteriormente, terá sido ameaçada para não falar sobre o assunto.
A equipa jurídica do músico negou todas as acusações de tráfico e abuso sexual. "Como já dissemos, o senhor Combs não pode dignificar com uma resposta todas as manobras publicitárias ou afirmações aparentemente absurdas. Ele tem plena confiança no processo judicial, onde a verdade prevalecerá: estas acusações são pura ficção", afirmou a equipa de defesa do rapper.
Felicia Newsome foi diretora do estúdio de gravação entre 1994 e 2000, e revelou que foi chamada uma vez ao local depois de P. Diddy pedir a um funcionário para ir buscar preservativos. "Nunca mais peças a ninguém daqui para ir buscar preservativos", disse Newsome ao rapper.
Evans revela ainda que foram gastos milhares de euros em viagens para levar mulheres até ao estúdio para terem relações sexuais com artistas e funcionários. A modelo Crystal McKinney acusou o músico de uma agressão sexual, que alegadamente aconteceu, em 2003, neste mesmo local.
Outros funcionários consideram as acusações contra o rapper surpreendentes. "Essas acusações são uma surpresa para mim, como tenho certeza de que é para muitos do nosso círculo", diz à BBC Jeffery Walker. E acrescenta: "Já fui a White Parties e, claro, a sessões de estúdio, e nada do que ele é acusado aconteceu na minha frente."
Na terça-feira, 4 de fevereiro, foram apresentadas novas acusações de agressão sexual contra o músico. De acordo com o jornal The Guardian, um homem avançou com uma ação judicial anónima, em que alega ter sido abusado sexualmente pelo músico, entre 2007 e 2012. A Rolling Stone teve acesso ao processo: "Combs explorou gravemente o queixoso, efetivamente aprisionando-o e controlando-o por meio de vigilância e filmagem sub-reptícias."
P. Diddy está preso em Nova Iorque desde 16 de setembro de 2024. O julgamento está previsto para maio.
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