Sábado – Pense por si

Morreu a cantora britânico-francesa Jane Birkin, aos 76 anos. A notícia foi avançada pelo jornalLe Parisien, indicando que foi encontrada sem vida na sua casa de Paris.

REUTERS/Johanna Geron

Jane Birkin tinha cancelado concerto por razões de saúde e em 2021 teve um ataque cardíaco ligeiro, depois de vários problemas cardíacos.

O Ministério da Cultura francês reagiu à notícia dizendo que o páis perdeu um "ícone intemporal".

Birkin tornou-se famosa depois de ter interpretado, em 1969, com o seu então namorado Serge Gainsbourg a cançãoJe t'aime... moi non plus.

Nascida em Londres, em 1946, acabou a fixar-se em Paris no final da década de 1960. Tornou-se conhecida no mundo da música e cinema, mas também como feminista e ativista dos direitos LGBT.

Filha da atriz Judy Campbell e do comandante da Marinha David Birkin, Jane pisou o palco pela primeira vez aos 17 anos no musicalPassion Flower Hotel.

Em França fez questão de manter o sotaque britânico. "A mais parisiense dos ingleses deixou-nos. Nunca iremos esquecer as suas canções, as suas gargalhadas e o seu incomparável sotaque que sempre nos fez companhia", escreveu no Twitter a presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo.

Depois de se separar de Gainsbourg, em 1981, continuou a cantar e lançou os álbunsBaby Alone in Babylone(1983),Amour des Feintes(1990) ambos com letras e músicas do ex-companheiro. Em 2002 escreveu o álbumArabesque.

Foi já no início da década de 1990 que acabou a inspirar a famosa mala Birkin da marca de luxo Hermès, depois do diretor executivo Jean-Louis Dumas a ter visto debater-se com a sua mala de palha num voo para Londres, tendo espalhado todo o conteúdo pelo chão.

A cantora tem duas filhas, Charlotte e Lou. Tinha ainda outra filha, Kate, que morreu em 2013.

Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.