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Novos documentos relatam que Andrew Tate terá apontado uma arma de fogo à cara de vítima

Gabriela Ângelo 10 de abril de 2025 às 19:26

Para além de estar a ser julgado por acusações de tráfico humano na Roménia, o influencer Andrew Tate está agora a ser acusado de violação e agressão por quatro mulheres.

Numa ação judicial com relatos de quatro mulheres diferentes sobre incidentes que ocorreram entre 2013 e 2015 em Luton e Hitchin, na Inglaterra, Andrew Tate é acusado de ter apontado uma arma a uma das vítimas, assim como de violação e agressão. 

Andrew Tate Roménia AP Photo/Vadim Ghirda

Uma das quatro mulheres que processaram o influencer relata que ele lhe apontou uma arma à cara e disse que ela tinha de fazer o que ele mandava, caso contrário teria de "pagar". A alegação está descrita em documentos oficiais consultados pela BBC, que contém ainda detalhes de violação, agressão e manipulação. 

A segunda mulher alega que Tate ameaçou matá-la, uma terceira diz que ele ameaçou matar qualquer pessoa que falasse com ela, e a última vítima diz que o influencer a convenceu de ter matado outras pessoas. Andrew Tate e a sua equipa têm negado estas alegações, considerando-as mentira e "fabricações graves". 

Duas das mulheres, na altura, trabalhavam para o seu serviço de Webcam em 2015, enquanto que as restantes vítimas tiveram relações com o influencer em 2013 e 2014.

Três destas mulheres já tinham denunciado Tate às autoridades em 2019, mas o Serviço de Acusação da Coroa (CPS, a sigla em inglês) decidiu não o acusar. O seu advogado Andrew Ford explicou num comunicado recente que na altura, "não havia perspectivas suficientes de condenação", daí a CPS o ter ilibado de qualquer crime. 

Uma das quatro mulheres envolvidas nesta ação judicial não o tinha denunciado, mas contou à BBC que apesar das suas relações sexuais com Tate serem consentidas, houve um momento de abuso sexual. "Durante o sexo, ele começou a asfixiar-me, eu desmaiei e ele continuou a ter sexo comigo", explica a vítima.

Tate negou as acusações desta mulher, cujo nome não foi revelado pela publicação, mas defende-se explicando que pode "ter posto uma mão no pescoço dela, mas não houve restrição da respiração". Na queixa que fez, a vítima descreve ainda uma ocasião em que encontrou uma arma no seu sofá.

"Eu não lhe falei disso", disse a vítima à BBC, "mas lembro-me perfeitamente de lá estar e de ter ficado um pouco assustada, porque não é algo que se veja no Reino Unido". Em sua defesa, Tate diz que "pode ter havido uma arma de brincar no apartamento". 

Numa declaração, Ford, afirma que as alegações das quatro mulheres, incluindo a de que tinha uma arma "são veementemente negadas e serão totalmente contestadas em tribunal", para além de que "não foi recuperada qualquer arma de fogo durante as buscas policiais".

Tate enfrenta ainda ações legais ou criminais em três países diferentes, no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Roménia, onde está a ser acusado de tráfico humano, em conjunto com o seu irmão, Tristan Tate. 

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