O presidente do Chega não assumiu qualquer ofensa por parte da sua deputada Diva Ribeiro à ex-secretária de Estado socialista, alegando que a dirigente do seu partido apenas comentou Ana Sofia Antunes só falava sobre assuntos relacionados com deficiência.
O presidente do Chega afirmou esta sexta-feira que vai ponderar se aceita uma revisão do código de conduta dos deputados para introduzir novas sanções, admitiu fazer autocrítica sobre comportamentos, mas considerou-se o mais ofendido por insultos no parlamento.
Estas posições foram transmitidas por André Ventura em conferência de imprensa, no parlamento, após o Chega ter sido responsabilizado por vários partidos, incluindo PS e PSD, pela degradação do debate democrático na Assembleia da República, através de insultos e de apartes ofensivos da honra pessoal de outros deputados.
Interrogado se está disponível para equacionar um agravamento das sanções a deputados por conduta imprópria na Assembleia da República, tal como propõe o PS, André Ventura respondeu: "Estamos de acordo sobre tudo o que seja destinado a elevar o debate democrático".
A seguir, porém, ressalvou: "Mas nunca para perseguir os democratas e nunca para perseguir quem tem opiniões diferentes. Se for para perseguir deputados que dizem que o país precisa de uma limpeza, então, isso não podemos estar de acordo", disse.
TIAGO PETINGA/LUSA
Numa alusão a outras forças políticas, sobretudo às de esquerda, André Ventura acusou-as de "estarem a fazer choradinhos durante a manhã toda de hoje" com queixas contra o Chega e procurou desdramatizar o episódio de quinta-feira à tarde, em plenário, com a deputada socialista Ana Sofia Antunes, que é cega.
O presidente do Chega não assumiu qualquer ofensa por parte da sua deputada Diva Ribeiro à ex-secretária de Estado socialista, alegando que a dirigente do seu partido apenas comentou Ana Sofia Antunes só falava sobre assuntos relacionados com deficiência. Procurou antes voltar a página deste incidente dizendo que ele, André Ventura, é quem tem sido mais insultado na Assembleia da República.
"Se há partido que tem sofrido na pele esses ataques, esse partido é o Chega. Nunca houve nenhum líder tão insultado como o do Chega. E nunca houve nenhum partido tão insultado na Assembleia da República como o Chega", advogou.
Depois, neste contexto, André Ventura acusou especificamente a deputada socialista Isabel Moreira de ser uma das que mais insulta outros deputados no parlamento.
"A doutora Isabel Moreira queixa-se de ter sido ofendida [na quinta-feira] no parlamento, mas é das que mais ofende, não só a mim, como a outros deputados dentro e fora desta câmara", contrapôs.
Durante grande parte da conferência de imprensa, o presidente do Chega optou por acusar responsáveis de outras forças políticas, sobretudo da esquerda, de "se fazerem de virgens ofendidas".
Em relação a insultos proferidos no parlamento, admitiu eventualmente fazer "mea-culpa", mas recusou em absoluto que "o grande problema da democracia seja o Chega".
André Ventura disse mesmo que a sua força política está a ser alvo de "um ataque concertado de assédio, de ofensas e de insultos".
"Somos atacados, ofendidos aqui, nesta casa, todos os dias. á o senti como deputado único, já o senti quando tínhamos 12 deputados e sentimos agora que temos 50 deputados. Mas estou sempre aberto à autocrítica", acrescentou.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.