Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização acusa Governo de "fuga para a frente".
O sindicato dos inspetores do SEF considera que a nomeação de um general para diretor do serviço é um "péssimo sinal político" e uma "fuga para a frente" do Governo.
O ex-comandante-geral da GNR Luís Francisco Botelho Miguel foi hoje nomeado como diretor do SEF. Vai dirigir o processo de reestruturação do serviço e "assegurar a separação orgânica entre as suas funções policiais e as funções administrativas de autorização e documentação de imigrantes".
O sindicato considera que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras "precisa de ser restruturado e tratado como o serviço civilista e humanista que é" e que a nomeação de um general como diretor nacional "é um péssimo sinal político" e uma "fuga para a frente" do Governo.
Segundo o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF/SEF), Acácio Pereira, "nas fugas para frente, em que o objetivo é desviar o foco político, tudo se destrói e pouco se aproveita".
Acácio Pereira fez um apelo aos deputados e aos partidos para que defendam o SEF, enquanto serviço de segurança e polícia integral de imigração "civilista" e "humanista".
"Uma deriva militarista não é solução para o SEF: nem serve a segurança de Portugal e do espaço europeu, nem combate a criminalidade transnacional, nem protege as vítimas do tráfico de seres humanos", afirma Acácio Pereira, para quem "colocar um militar à frente do SEF "é estragar e negar mais de 30 anos do mais civilista serviço de segurança e polícia de imigração de Portugal".
Na opinião do sindicato, não é com militares que se vai salvar o que há de bom no SEF, que é quase tudo, menos as exceções conhecidas.
O novo diretor do SEF Botelho Miguel é natural de Lisboa, mestre em Ciências Militares - ramo de Artilharia - e licenciado em Engenharia de Sistemas Decisionais.
Exerceu vários cargos de comando entre 2010 e 2020 na Guarda Nacional Republicana, onde cessou funções como Comandante-Geral em julho.
A designação de Botelho Miguel para o SEF surge após a demissão da ex-diretora Cristina Gatões, que saiu do cargo nove meses depois de um cidadão ucraniano ter sido morto nas instalações daquele serviço no aeroporto de Lisboa.
Ihor Homeniuk terá sido vítima de violentas agressões por três inspetores do SEF, acusados de homicídio qualificado e cujo julgamento começa a 20 de janeiro, com a alegada cumplicidade ou encobrimento de outros 12 inspetores e de uma funcionária administrativa.
Na terça-feira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou no parlamento que a legislação sobre a restruturação do SEF será produzida em janeiro.
Um militar como diretor do SEF "é um péssimo sinal político", critica sindicato
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