"Acho totalmente irresponsável que se atire para cima dos outros bancos (...) um risco que não está quantificado"
O presidente do Conselho de Administração do BPI disse hoje temer que o Novo Banco seja vendido por um valor abaixo do montante injectado pelo Fundo de Resolução, receando um problema "sistémico" se tal suceder.
"Acho totalmente irresponsável que se atire para cima dos outros bancos, do seus accionistas e no limite dos seus depositantes, um risco que não esta quantificado e não se consegue delimitar com precisão", alertou Fernando Ulrich na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES).
O Novo Banco, que surgiu com a medida de resolução do BES, foi capitalizado com 4,9 mil milhões de euros através do Fundo de Resolução Bancária, accionista único do banco.
O Estado português entrou com 3,9 mil milhões de euros neste Fundo, financiados com o dinheiro da 'troika' que estava reservado à banca e que ainda não tinha sido utilizado.
Se a venda do Novo Banco for feita nesse montante, será um "grande sucesso", mas se tal não acontecer, "isso sim, será verdadeiramente risco sistémico provocado pelas autoridades", afiança o presidente executivo do BPI.
"Defendo os interesses de um dos bancos concorrentes do BES, responsável por cerca de 10% do compromisso do Fundo de Resolução. Não concordo com a solução tal como foi desenhada", acrescentou, procurando Ulrich saber que "limite máximo" de perdas foi pensado pelo Governo.
"Gostava de saber qual é esse valor e quem suportará as perdas que fiquem acima desse valor", disse o responsável.
Se não tiver sido estabelecido "limite nenhum e se os outros bancos terão de suportar" os prejuízos, então Ulrich conclui que as autoridades portuguesas "decidiram jogar à roleta com o sistema".
Ulrich teme risco se Novo Banco for vendido a preço baixo
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