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Tudo o que se sabe sobre o regresso da Fórmula 1 a Portugal

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Estas serão a 19ª e a 20ª edição do Grande Prémio de Portugal com as corridas iniciais em 1958 e 1960 no circuito da Boavista no Porto, a de 1959 em Monsanto, em Lisboa, e entre 1984 e 1996 no Autódromo do Estoril em Cascais.

Depois de um ano de negociações entre o Governo e a Federação Internacional do Automóvel (FIA), a Fórmula 1 está oficialmente de volta a Portugal. O Grande Prémio de Portugal em Portimão, no Autódromo Internacional do Algarve, está assegurado para as temporadas de 2027 e 2028 depois de ter sido palco para as corridas de 2020 e 2021, no pico da pandemia. 

Tudo o que se sabe sobre o regresso da Fórmula 1 a Portugal
Tudo o que se sabe sobre o regresso da Fórmula 1 a Portugal

A corrida de 2020 foi feita à porta fechada e a de 2021 contou com público reduzido devido às restrições sanitárias em vigor. Desde então, o circuito não integrou o calendário de corridas. 

“Situado no idílico Algarve, conhecido pelas suas praia e charme histórico, o circuito de 4,6 quilómetros oferece aos pilotos um desafio técnico, com mudanças dramáticas de elevação que culminam numa década até à última curva à direita, que conduz de volta à reta da box”, pode ler-se no anúncio das corridas no ‘site’ da Fórmula 1.

Portugal tem uma história “prestigiosa” com a F1, diz ainda, “tendo sediado o seu primeiro Grande Prémio no Porto em 1958, além de ter realizado corridas em Monsanto e Estoril ao longo dos 75 anos da categoria”. Algumas vitórias icónicas em solo luso incluem a de Ayrton Senna no Estoril em 1985 e a 92ª vitória de Lewis Hamilton na última edição em 2021 que ultrapassou o recorde de Michael Schumacher.

Em agosto o primeiro-ministro Luís Montenegro revelou que o Algarve estava pronto para o regresso da competição. “Assegurámos a realização do MotoGP, a prova mãe do motociclismo a nível mundial para 2025 e 2026 e estou em condições de vos dizer que temos tudo pronto para formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve em 2027”, disse o chefe do Governo durante a do PSD em Quarteira. 

“Estes eventos implicam algum esforço financeiro por parte do Governo mas têm um retorno quer financeiro direto, quer indireto de promoção que valem a pena”, declarou Montenegro. 

Prova pode gerar o triplo do valor investido

O Governo já assegurou que vai ser possível triplicar o retorno no investimento realizado para assegurar a corrida. Em conferência de imprensa, o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, estimou que o impacto económico não será “inferior a 140 milhões de euros”, em cada ano que se realizará a prova. 

Ao , o presidente da Região de Turismo do Algarve, André Gomes, lembra que é o valor mínimo esperado, uma vez que “em 2020 e 2021, o autódromo tinha apenas um terço da ocupação, e mesmo assim o impacto foi de 100 milhões de euros”. 

Castro Almeida apontou ainda custos abaixo dos 50 milhões de euros para garantir a corrida, ou seja, com um impacto mínimo de 140 milhões de euros, o Governo poderá triplicar o investimento no Grande Prémio de Portimão. 

Número de espectadores

Este impacto conta com uma estimativa de 200 mil visitantes por ano, incluindo os 150 mil espetadores, “dos quais metade são internacionais e o envolvimento de mais de 50 mil profissionais”. 

Impacto no turismo

Na mesma conferência de imprensa, o ministro da Economia afirmou que a corrida será uma “grande oportunidade para o Algarve como destino diversificado e uma excelente promoção da imagem de Portugal” e notou que cada Grande Prémio tem cerca de 900 milhões de seguidores ao longo de quatro mil horas de transmissão televisiva. 

Perante o elevado número de visitantes e espetadores e questionado sobre o congestionamento que o Aeroporto de Lisboa poderá sofrer durante a altura das provas, Castro Almeida reconheceu que “se em 2027 tudo estivesse como está hoje, seria um grave problema” acrescentando que “a convicção de que a situação das entradas estará melhor”. 

Estas serão a 19ª e a 20ª edição do Grande Prémio de Portugal, de regresso ao Algarve, com as corridas iniciais em 2958 e 1960 no circuito da Boavista no porto, a de 1959 em Monsanto, em Lisboa e entre 1984 e 1996 no Autódromo do Estoril em Cascais. 

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