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Governo estima um impacto positivo com a Fórmula 1, esperando arrecadar 140 milhões de euros só em impostos

O Governo estima um impacto positivo com a Fórmula 1, esperando arrecadar 140 milhões de euros só ao nível dos impostos. O custo para receber as corridas no Autódromo de Portimão deverá ficar abaixo dos 50 milhões.

O Autódromo Internacional do Algarve vai ser o palco das corridas de Fórmula 1 em 2027 e 2028, anunciou a instituição, em antecipação ao Governo português. O Autódromo de Portimão já tinha recebido o evento na altura da pandemia, em 2020 e 2021. 

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A Fórmula 1 adianta que a paisagem algarvia, aliada ao "circuito de 4,6 km oferece desafios técnicos com mudanças de elevação dramáticas, culminando numa descida até à última curva à direita que dá acesso à reta das boxes". 

"Portugal tem uma história prestigiosa na Fórmula 1, tendo sediado o seu primeiro Grande Prémio no Porto em 1958, além de ter realizado corridas em Monsanto e Estoril ao longo dos 75 anos da categoria", destaca o organismo. 

Portugal tem sido o palco para algumas vitórias históricas, nomeadamente de Aryton Senna no Estoril, em 1985, enquanto Lewis Hamilton se destacou em Portimão ao ultrapassar o recorde de Michael Schumacher, conquistando a 92ª vitória em 2021.

O ministro do Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, admite, em conferência de imprensa, que se estima a chegada de 200 mil visitantes em cada um dos anos, entre os quais 150 mil espectadores e 51 mil profissionais, nos quais se deverá arrecadar 140 milhões de euros só em impostos. 

Sobre os custos que Portugal terá de suportar para receber o Grande Prémio em 2027 e 2028, Manuel Castro Almeida é mais reservado. "Ainda estamos a vincular compromissos. Os números vão ser tornados públicos, mas a FIA ainda está a negociar com outros países. Para já, sabemos que serão substancialmente inferiores ao valor que tem vindo a público", diz, referindo-se aos 50 milhões de euros. 

Ainda assim, o governante destaca que "o volume de impostos em função deste acréscimo será superior ao custo que o Estado vai suportar. Não haverá custo para o Estado".

Manuel Castro Almeida, acompanhado pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, evidencia a "grande notícia" que o regresso da Fórmula 1 ao Algarve representa "para Portugal e para o turismo em Portugal". 

"O regresso projeta um Portugal moderno, com ambição, dinamismo e capacidade para integrar um clube muito restrito que podem receber esta prova tão revelante. Temos capacidade de atrair os eventos mais revelantes à escala mundial", destaca Manuel Castro Almeida, apontando que a Fórmula 1 em 2027 e 2028 vai "criar novas oportunidades para as regiões nacionais". 

Especificamente sobre o Algarve, o ministro da Economia admite que a região vai sair valorizada em termos de turismo e ao nível da economia local, com a restauração e os alojamentos a serem dos mais impactados.

Questionado sobre as contrapartidas em cima da mesa para receber este evento, Castro Almeida assegura que "Portugal oferece, por natureza, contrapartidas importantes como destino turístico qualificado. O excelente autódromo tem características invulgares, que por si só são de destaque para a FIA".

Sobre a chegada da Fórmula 1 ao Estoril, depois das ambições reveladas pelo presidente da Câmara de Cascais , o ministro lembrou que as "negociações com a FIA estão a decorrer há muitos meses" e que nelas "não se falava do Estoril". "Podemos ter conversas posteriormente com Cascais para rentabilizar o Autódromo do Estoril", disse.  

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