Um ex-secretário de Estado de um Governo de Costa está a ser investigado, alegadamente, por ter favorecido um ex-sócio numa negociação com o Estado.
A Polícia Judiciária realizou uma operação policial na região de Lisboa e de Viseu que visou a execução de nove mandados de busca domiciliária e não domiciliária. As buscas foram conduzidas no Instituto Português do Desporto e da Juventude, na Cruz Vermelha Portuguesa, no Centro Hospitalar Tondela - Viseu e no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. O antigo secretário de Estado da Juventude e do Desporto João Paulo Rebelo viu também as suas duas casas serem revistadas. As buscas foram realizadas por suspeitas dos crimes de participação económica em negócio, abuso de poderes por titular de cargo político e usurpação de funções. O antigo governante apresentou-se na sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, confirmou o próprio àRádio Renascença.
João Paulo Rebelo é secretário de Estado do Desporto e coordenador do combate à Covid-19 para a região Centro
Até ao momento não foram constituídos arguidos nem houve detenções e o antigo secretário de Estado afirmou que as investigações estavam relacionadas com testes covid-19.
Em comunicado, o MP refere que estão em causa duas situações diferentes, apesar de os envolvidos serem os mesmos. A primeira situação está relacionada com a celebração de um contrato público, por ajuste direto, ao abrigo do ‘Projeto PRID – Programa de Reabilitação de Infraestruturas Desportivas’, para aquisição de serviços de engenharia, com pessoa sem habilitação legal para a prática de atos decorrentes daquela profissão", enquanto a segunda refere-se a ""suspeitas de favorecimento de contratação pública respeitante a análises de testes do vírus SARS-COV-2".
Em maio de 2020 foi notícia que o então secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, tinha admitidoter sugerido uma empresa de um ex-sóciocomo uma das possibilidades para realizar testes à covid-19 na região Centro. Em abril de 2020, o Governo nomeou uma equipa de cinco secretários de Estado, incluindo João Paulo Rebelo, para coordenar a aplicação do estado de emergência nas cinco regiões de Portugal, recorda o Observador. O então secretário de Estado terá pedido ao presidente da Câmara de Viseu para "potenciar" o laboratório ALS para realizar testes na região Centro. O dono da empresa é João Cotta, um ex-sócio de Rebelo.
O antigo governante defendeu, ainda assim, que não o fez por qualquer "interesse económico" e sustentou até que recebeu com "enorme estupefação" a ideia de que pudesse ter tido "algum interesse próprio nesta associação que não fosse o de que – também na CIM Viseu Dão Lafões – se pudesse dar uma resposta eficaz a um problema que afligia, e aflige, todo o país".
As buscas desta terça-feira foram levadas a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), com o apoio da Unidade de Perícia Tecnológica Informática (UPTI), tendo participado na operação Arrangements60 investigadores, cinco magistrados do Ministério Público (MP), dois juízes de instrução, cinco peritos da PGR e dois representantes da Ordem dos Médicos.
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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
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