O presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas classificou a proposta apresentada pelo Governo como "vaga" e sem "cabimento".
O presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), Márcio Lopes, disse este domingo à Lusa que os associados "renunciam" à proposta apresentada pelo Governo, classificando-a como "vaga" e sem "cabimento", não descartando a possibilidade de continuar a luta.
"Os associados, [que estiveram reunidos este sábado], na sua totalidade, renunciaram a proposta do Governo, que não tem cabimento. O que [o executivo] pondera fazer é vago, pois não apresenta medidas concretas para o sector", disse Márcio Lopes, em declarações à Lusa.
O responsável garantiu que, face à proposta do Governo, a ANTP acordou reenviar o caderno reivindicativo.
Entre as reivindicações encontram-se a regulamentação do sector, a criação de uma secretaria de Estado dedicada exclusivamente aos transportes, a obrigatoriedade de pagamento no período máximo de 30 dias e a criação de um mecanismo para que a inflação também seja reflectida no sector dos transportes.
O caderno reivindicativo prevê ainda que o preço dos combustíveis seja indexado ao preço dos transportes, isto é, reflectido no custo dos serviços, melhores condições de trabalho para os motoristas e descontos nas portagens.
Apesar de não adiantar detalhes, Márcio Lopes referiu que os associados vão voltar a reunir-se no próximo sábado para "ultimar alguns pontos", que não conseguiram neste encontro.
O responsável não descartou ainda a possibilidade de a associação avançar com novas formas de luta.
"O Governo tem até dia 15 para fazer a sua parte, depois vamos ver", concluiu.
Em 28 de Maio, os camionistas iniciaram uma acção de protesto que incluiu a paralisação da circulação e marchas lentas.
No entanto, a paralisação em causa "não teve uma grande adesão", tal como admitiu, na altura, o responsável da ANTP.
"Sei que não tem estado a haver uma grande adesão. As pessoas estão dispersas e desunidas, disse Márcio Lopes.
A ANTP representa as pequenas e médias empresas do sector.
De acordo com a ANTP, o sector tem 7.500 empresas e mais de 300 mil trabalhadores, representando esta associação cerca de 400 associados.
Transportadoras recusam proposta do Governo e ponderam continuar luta
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