Antigo fuzileiro apontado como cabecilha do furto das armas nos paióis de Tancos não prestou declarações nesta fase de instrução.
João Paulino, apontado como cabecilha do furto das armas nos paióis de Tancos, remeteu-se hoje ao silêncio e não prestou declarações nesta fase de instrução, revelou um dos advogados do processo.
A informação foi prestada por Manuel Ferrador, advogado do ex-diretor da PJ Militar, à saída do tribunal do Monsanto.
Ao início da manhã, o advogado de João Paulino tinha entrado no Tribunal do Monsanto sem esclarecer se o seu constituinte iria ou não prestar no interrogatório perante o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre, num depoimento considerado crucial para esclarecer os factos relacionados com o furto e a recuperação de material de guerra dos paióis de Tancos.
Segundo avançou o semanário Expresso na terça-feira, a defesa de João Paulino pediu ao juiz Carlos Alexandre o acesso ao teor de duas ações encobertas que terão sido montadas pela Polícia Judiciária no âmbito da operação sobre a recuperação das armas e que levou à descoberta da alegada encenação que envolveu a recuperação do material furtado. A notícia da ação encoberta que visou João Paulino foi divulgada pela SÁBADO.
Uma investigação paralela, com agentes encobertos da PJ, visou o principal acusado do processo das armas de Tancos. Começou a 31 de julho de 2017 e durou 14 meses. - Portugal , Sábado.
Uma vez que a defesa ainda não teve acesso aos documentos relacionados com estas ações encobertas, conforme adiantou o Expresso, e que o Ministério Público ainda tem de se pronunciar sobre a recusa de Carlos Alexandre em permitir a consulta desse "apenso confidencial", João Paulino optou por se meter ao silêncio.
Pelas 09:50, vários advogados saiam do tribunal em virtude da diligência ter sido dada como terminada.
O processo de Tancos tem 23 pessoas acusadas, entre as quais o ex-ministro Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo em outubro de 2018 na sequência das revelações e da polémica em torno do caso.
Aos arguidos são imputados crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
Nove dos 23 arguidos foram acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre os quais Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento. O ex-ministro da Defesa foi acusado de prevaricação e denegação de justiça, abuso de poder e favorecimento pessoal.
O caso do furto das armas em Tancos foi divulgado pelo Exército a 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJ Militar, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.
Vários militares da GNR de Loulé foram acusados no processo.
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