A SÁBADO revelou ações encobertas que visaram o principal suspeito do furto das armas dos paióis de Tancos.
O advogado de João Paulino, arguido no caso deTancos, justificou hoje o silêncio do seu cliente na instrução do processo com o facto de ainda não ter tido acesso às ações encobertas realizadas pela Polícia Judiciária (PJ)na investigação.
À saída do Tribunal do Monsanto, onde decorre a instrução do processo de Tancos, dirigida pelo juiz Carlos Alexandre, Melo Alves explicou que o seu constituinte optou, para já, por não prestar declarações, uma vez que houve duas ações encobertas efetuadas pela PJ e que a defesa "quer ter acesso" ao teor dessas ações", da mesma forma como o Ministério Público (MP) já teve, para "[João Paulino] se poder defender". ASÁBADOrevelou as duas ações encobertas:
A Polícia Judiciária vigiou durante 14 meses o principal suspeito de Tancos numa operação secreta que foi até escondida dos juízes responsáveis pelo processo. - Portugal , Sábado.
A Polícia Judiciária vigiou durante 14 meses o principal suspeito de Tancos numa operação secreta que foi até escondida dos juízes responsáveis pelo processo. - Portugal , Sábado.
Uma investigação paralela, com agentes encobertos da PJ, visou o principal acusado do processo das armas de Tancos. Começou a 31 de julho de 2017 e durou 14 meses. - Portugal , Sábado.
Uma investigação paralela, com agentes encobertos da PJ, visou o principal acusado do processo das armas de Tancos. Começou a 31 de julho de 2017 e durou 14 meses. - Portugal , Sábado.
O advogado de João Paulino, apontado com um dos cabecilhas do roubo das armas nos paióis de Tancos, referiu que o processo penal depois da acusação "deve ser aberto", mas que, neste caso, "o jogo não tem sido igual para o MP e para a defesa".
Questionado sobre se suspeita que possa ter havido alguma ilegalidade nas ações encobertas montadas pela PJ, Melo Alves ironizou, dizendo que "as ações encobertas são como os melões, que só depois de abertos é que se sabe".
Invocando a sua experiência nos tribunais como advogado de defesa, Melo Alves lembrou que têm ocorrido muitas ações encobertas em que há ilegalidades e que, às vezes, não se prendem unicamente com o facto de haver um agente provocador (o que é ilegal), mas também com outro tipo de ilegalidades.
Por tudo isto, o advogado diz que quer "saber o que andaram a fazer nas ações encobertas", observando que este tipo de ação é "um meio intrusivo" que foi utilizado durante meses na investigação do caso de Tancos.
Segundo avançou o advogado, as ações encobertas em causa, do que é do seu conhecimento, foram instauradas já após o furto das armas de Tancos.
Melo Alves aproveitou para criticar a lei que prevê as ações encobertas, alegando que esta "está mal feita".
O advogado aludia a ações encobertas que, segundo fontes ligadas ao processo, envolveram o arguido Paulo Lemos (conhecido por Fechaduras), também envolvido no furto das armas e que terá colaborado com a PJ para deslindar este caso, que envolve também uma alegada encenação na recuperação do material furtado.
Apesar do silêncio de João Paulino na sessão de hoje, que durou breves minutos, Melo Alves garantiu que o seu constituinte quer "esclarecer a verdade".
"Irá esclarecer tudo aquilo que se passou, mas antes quer ter acesso [ao teor das] ações encobertas, a que o MP já teve acesso" nos autos, disse.
Tancos: Defesa de João Paulino quer aceder às ações encobertas realizadas pela PJ
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
No Estado do Minnesota, nos EUA, na última semana, mais um ataque civil a civis — desta vez à escola católica Annunciation, em Minneapolis, durante a missa da manhã, no dia de regresso às aulas.
O famoso caso do “cartel da banca” morreu, como esperado, com a prescrição. Foi uma vitória tremenda da mais cara litigância de desgaste. A perda é coletiva.
A Cimeira do Alasca retirou dúvidas a quem ainda as pudesse ter: Trump não tem dimensão para travar a agressão de Putin na Ucrânia. Possivelmente, também não tem vontade. Mas sobretudo, não tem capacidade.
As palavras de Trump, levadas até às últimas consequências, apontam para outro destino - a tirania. Os europeus conhecem bem esse destino porque aprenderam com a sua miserável história.