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STAL avisa: "Caos" nas escolas de Sintra por problemas nos refeitórios

24 de outubro de 2016 às 13:03
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Segundo o STAL, a falta de pessoal nos refeitórios das escolas em Sintra no arranque do ano lectivo é "recorrente", mas este ano a situação está a prolongar-se e a transformar-se "num caos". São precisas 200 pessoas, diz o sindicato

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL) alertou esta segunda-feira para a falta de 200 pessoas para trabalhar em refeitórios de escolas de Sintra.

 

Carlos Faia Fernandes, da direcção regional de Lisboa do STAL, disse à Lusa que a falta de pessoal nos refeitórios das escolas em Sintra no arranque do ano lectivo é "recorrente", mas este ano a situação está a prolongar-se e a transformar-se "num caos". "Há cerca de 100 escolas com falta de pessoal em Sintra, nos refeitórios. Falta uma ou duas pessoas por escola, o que totaliza a necessidade de se colocarem 200 pessoas. Neste momento, são as auxiliares de acção educativa que já fazem limpezas e servem almoços, funções que não são da sua competência", descreveu.

 

O sindicalista alertou, também, para a falta de utensílios de cozinha nas escolas e que as crianças têm 15 minutos para almoçar, para depois se lavar a loiça e poder servir refeições a mais crianças.

 

"Todos os anos isto acontece. No primeiro mês do ano lectivo há sempre falta de gente, mas depois a câmara faz alguma pressão e a coisa resolve-se, mas este ano já se está a arrastar e não há perspectiva de se resolver", lamentou Carlos Fernandes.

 

Num comunicado enviado pelo STAL, é acrescentado que a responsabilidade é da empresa que presta o serviço de apoio às cozinheiras da Câmara Municipal de Sintra, a ICA, que está "a colocar menos pessoas e com horários reduzidos nesse serviço de modo a obter mais lucro".

 

O STAL refere que já alertou para a situação a Câmara de Sintra, que informou que "a situação estaria a ser resolvida". "Os trabalhadores que prestam este serviço queixam-se de excesso de trabalho, com centenas de refeições diárias e com poucos meios. Acresce a isto tudo as parcas condições de trabalho que têm", lê-se em comunicado.

 

Em conjunto com o Sindicato da Hotelaria do Sul, o STAL exige, assim, que sejam abertos concursos para colmatar todas as falhas de pessoal, que haja uma programação atempada da resposta às necessidades, que o serviço seja garantido na totalidade pelo serviço público eliminando as situações de precariedade dos vínculos e, por fim, o cumprimento imediato do caderno de encargos.

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