O SIM sublinha que deve ser obrigatório os lares privados e sociais terem um quadro médico próprio, garantindo-se assim que não sejam desviados médicos do SNS e o Orçamento do Estado tenha um "efetivo reforço do investimento no SNS, com valorização da carreira médica".
O Sindicato Independente dos Médicos defendeu este sábado a operacionalização de "uma estrutura rápida e eficiente" que identifique e isole os casos positivos de Covid-19 e pediu à ministra da Saúde para ouvir o setor neste "momento de extrema complexidade".
Estas são duas das 12 medidas que o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) defende e que considera que devem ser tidas em conta pelo Conselho de Ministros que está hoje reunido para decidir novas medidas para controlar a pandemia de covid-19.
Em comunicado, o SIM defende que o primeiro-ministro deve considerar "os médicos de corajosos" e que a ministra da Saúde "perca o medo dos sindicalistas e receba e ouça os médicos e demais profissionais de saúde num momento de extrema complexidade da pandemia".
O sindicato considera também que se deve operacionalizar "uma estrutura rápida e eficiente que identifique e isole os casos positivos e estabeleça um controlo efetivo dos contactos" e que se mitigue "as graves limitações" do Serviço Nacional da Saúde (SNS), que já eram evidentes antes da pandemia, além da necessidade de se contratarem mais médicos.
O SIM sublinha que deve ser obrigatório os lares privados e sociais terem um quadro médico próprio, garantindo-se assim que não sejam desviados médicos do SNS e o Orçamento do Estado tenha um "efetivo reforço do investimento no SNS, com valorização da carreira médica".
No comunicado, o sindicato considera que o Governo deve tomar medidas que permitam aos médicos de família e dos hospitais seguirem todos os seus doentes além dos infetados com o SARS-Cov-2, nomeadamente os doentes crónicos, evitando as complicações do aumento das listas de espera para consultas e cirurgias e do inevitável aumento da mortalidade.
O SIM sugere também a contratação de médicos para as Áreas Dedicadas Respiratórias (ADR) e Trace COVID-19, uma vez que cerca de 1.700 médicos de família estão a ser desviados para essas tarefas e estruturas e ficam impedidos, por imposição do Governo, de seguir correta e regularmente os seus doentes crónicos.
Disponibilizar uma quantidade suficiente de equipamentos de proteção individual, investimento em instalações e equipamento e um esclarecimento sobre a norma que dispensa teste de cura aos infetados são outros medidas avançadas pelo sindicato.
"O SIM reafirma a sua total disponibilidade para o diálogo com o Governo e o seu empenho no combate à pandemia, com a consciência de médicos mais cansados e com menos meios mas com o objetivo de sempre defender os seus doentes e o SNS", concluiu o SIM, no comunicado.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Sindicato dos Médicos pede ao Governo para ouvir setor em momento complexo
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