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"Sem ele não seria possível uma sessão tão livre", diz Marcelo sobre Mário Soares

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 06 de dezembro de 2024 às 12:48
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A Assembleia da República lembra hoje a figura de Mário Soares, numa sessão solene com honras militares e encerrada pelo Presidente da República.

"Um dos pais fundadores do sistema político e partidário português", foi assim que Marcelo Rebelo de Sousa começou por recordar Mário Soares na comemoração do centenário do antigo Presidente da República e fundador do Partido Socialista.

De seguida o atual Presidente da República relembrou os três pilares pelos quais a política de Mário Soares ficou conhecida: "Militante da liberdade, da democracia e da Europa".

Marcelo relembra que foi Mário Soares que "criou um partido alternativo à ditadura" e mais tarde foi capaz de estabelecer "pontes com os portugueses".

"Representou como primeiro-ministro, líder partidário, Presidente da República, deputado europeu e candidato presidencial Portugal na Europa e no mundo com orgulho nacional e visão de futuro político, económico, social e ambiental. Sempre livre, sempre igualitário, sempre anti xenófobo, sempre tolerante, ou seja, sempre democrático", esta é a principal descrição do fundador do PS deixada por Marcelo Rebelo de Sousa.

"Paixão pela política como obrigação cívica desde a sua adolescência até ao fim dos seus dias, coragem física e psíquica ilimitada (…), visão antecipadora do futuro (…) e o poder sedutor de mobilizar as pessoas na rua e na revolução", foram consideradas como as principais características de Mário Soares para o Presidente da República. Marcelo considera que "entre os anos quarenta e a viragem do século Mário Soares marcou tudo, ou quase tudo, o que foi transformador".

"Sem ele, não seria possível uma sessão evocativa tão livre como a de hoje. Uns livremente evocando mais os seus méritos, outros os seus deméritos. Foi isso que ele ajudou a criar e que permitiu este Parlamento livre e a sessão solene que estamos a viver. Dele disse várias vezes Jorge Sampaio ter sido o colosso do advento da democracia em Portugal, que não esquece os melhores e melhores de cada tempo e de todos os tempos, não esquece nem nunca esquecerá Mário Soares", concluiu.

A Assembleia da República lembra hoje a figura de Mário Soares, que morreu a 7 de janeiro de 2017, numa sessão solene com honras militares e encerrada pelo Presidente da República.

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