O cabeça de lista do PSD às europeias questionou a ausência de antigos líderes socialistas na campanha eleitoral e perguntou se este é o PS PS de Costa em Lisboa, de Costa em Paris ou de Pedro Nuno Santos em Aveiro.
O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, questionou esta quarta-feira se o PS se está a "transformar no partido unipessoal" de António Costa, estranhando a ausência de antigos líderes na campanha socialista.
Num jantar-comício para "quase 700 pessoas", nas palavras do candidato, Rangel lamentou que o PS critique o PSD por trazer à sua campanha ex-líderes do partido, como Passos Coelho, Ferreira Leite ou Luís Filipe Menezes.
"Porque é que não vai nenhum ex-líder à campanha do PS? Será que o PS se está a transformar num partido unipessoal, que é o partido de Costa e apenas de Costa e mais ninguém?", questionou, retomando o desafio hoje lançado ao almoço por Menezes para que os socialistas levem à campanha nomes como Vítor Constâncio ou António José Seguro.
O eurodeputado acusou ainda o PS de "uma profunda dissonância" nas posições em relação aos liberais europeus tomadas pelo primeiro-ministro, António Costa, e o ministro e dirigente do PS Pedro Nuno Santos.
"Mas afinal que PS é este? É o PS de Costa em Lisboa, é o PS de Costa em Paris ou é o PS de Pedro Nuno Santos em Aveiro?", desafiou, acusando o primeiro-ministro de uma "espargata ideológica" ao estar coligado com BE e PCP.
Depois de na segunda-feira o primeiro-ministro se ter reunido com o Presidente francês Emmanuel Mácron, e defendido a importância da criação de "uma coligação de progresso e futuro" após as eleições europeias entre as forças políticas que pretendem construir a próxima etapa do projeto europeu, o dirigente socialista Pedro Nuno Santos defendeu na terça-feira à noite, num comício em Aveiro, que os socialistas devem assumir também na Europa uma dialética de "tensão permanente" face aos liberais.
"Há uma profunda dissonância do PS e isso está a ser feito em plena campanha eleitoral", acusou Rangel, justificando que António Costa quer "aparecer ao lado líderes internacionais com influência" e "não há socialistas de renome internacional".
Num espaço histórico para o PSD em Coimbra, o pavilhão dos Olivais, Paulo Rangel acusou ainda o PS de "esconder alguns dos seus candidatos", dizendo que o número três da lista, Pedro Silva Pereira, "o antigo braço direito de José Sócrates, ainda não apareceu em nenhuma ação de campanha".
Antes, o presidente do Conselho Nacional do PSD, Paulo Mota Pinto, centrou também as suas críticas na lista do PS e no facto de nela estarem vários ex-ministros do Governo de António Costa.
"Ou estavam a fazer bem no Governo e não deviam ter saído ou estavam a fazer mal e vão fazer mal para o Parlamento Europeu", criticou.
O dirigente social-democrata apelou ainda aos portugueses para que "não se deixem enganar por aqueles que querem retirar aos portugueses a decisão", numa referência às sondagens desfavoráveis para o partido.
"Esses vão ter uma lição no domingo", anteviu.
Hoje foi também a noite da ‘estreia’ em comícios da número dois da lista, Lídia Pereira, de 27 anos, que fez um discurso centrado sobretudo nos problemas de Coimbra, de onde é natural, e nos problemas dos jovens.
"Não importa quanto ruído faz o PS na tentativa de desinformar, a nossa mensagem chegará aos portugueses", afirmou.
Rangel pergunta: "Será que o PS se está a transformar no partido unipessoal de Costa?"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.