A PSP indica ainda que vai ser aberto um processo de inquérito interno para esclarecer as circunstâncias em que decorreram os protestos, uma vez que o local é vigiado pela polícia.
A PSP deteve esta quinta-feira de manhã 16 ativistas que bloquearam o acesso ao Conselho de Ministros por desobediência e identificou outros três jovens por terem participado na ação de protesto.
MIGUEL A. LOPES / LUSA
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) refere que às 08h54 de hoje em Algés, no concelho de Oeiras, decorreu uma manifestação não comunicada nos termos da legislação em vigor promovida pelo grupo Greve Climática e Estudantil de Lisboa.
A PSP sublinha que, durante o protesto, vários jovens bloquearam os portões de acesso às antigas instalações do Ministério do Mar e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), acorrentando-se e colando-se aos portões e portas de acesso ao edifício.
Segundo o Cometlis, os manifestantes foram sensibilizados para se desacorrentarem e libertarem o acesso às instalações, mas não acataram as ordens dos polícias e, esgotados todos os procedimentos legais, foram detidos 16 ativistas por desobediência e identificados outros três por participarem na ação de protesto.
A PSP indica que a reunião do Conselho de Ministros prevista para aquele local decorreu sem incidentes.
Segundo aquela força de segurança, os detidos vão ser notificados para comparecer no Tribunal da Comarca de Lisboa Oeste - Oeiras.
Os ativistas do movimento Greve Climática Estudantil, que tinham marcado para sexta-feira uma marcha pelo clima em Lisboa, anunciaram em comunicado que a iniciativa vai decorrer junto do Ministério Público de Oeiras, às 10h, em solidariedade com as estudantes que foram detidas hoje e que terão de se apresentar na sexta-feira naquele local.
A marcha estava marcada para a Cidade Universitária, em Lisboa.
No comunicado os jovens dizem que não haverá paz "até ao último inverno de gás" e lembram que tanto a ação de hoje como a de sexta-feira têm como revindicações o fim dos combustíveis fósseis até 2030, e a eletricidade 100% renovável e acessível até 2025.
Com as detenções de hoje o Governo "provou que prefere reprimir e ignorar os jovens, do que aceitar a ciência e criar um plano para a transição justa" que garanta "um futuro num planeta habitável", diz a ativista Beatriz Xavier, porta-voz do protesto de hoje.
Os estudantes garantem que este semestre "não vai haver paz até o governo declarar que este vai ser o último inverno de gás", e convocam "uma onda de ações estudantis pelo fim ao fóssil, a começar a 13 de novembro".
No comunicado, a PSP indica ainda que vai ser aberto um processo de inquérito interno para esclarecer as circunstâncias em que decorreram os protestos, uma vez que o local é vigiado pela polícia.
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