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PSD tem "contas reais e transparentes" e "sempre cumpriu" com fornecedores

Imprensa adianta que o passivo do PSD terá ultrapassado os 10 milhões de euros em 2017 e que está à beira da falência ténica. Resultados eleitorais abaixo do previsto baixam subvenção estatal.

O ex-secretário-geral do PSD José Matos Rosa afirmou àLusaque os sociais-democratas têm "contas reais e transparentes" e sempre cumpriram com os seus fornecedores, sendo um dos partidos portugueses "com melhor situação financeira".

OExpressoe oCorreio da Manhãnoticiaram que o passivo do PSD - que em 2016 foi de 8,4 milhões de euros - teria ultrapassado os 10 milhões de euros em 2017 devido às eleições autárquicas, nas quais o partido obteve um resultado inferior ao esperado e, logo, terá direito a uma menor subvenção estatal do que previa.

Em declarações àLusa, Matos Rosa, que foi secretário-geral do PSD entre 2011 e Fevereiro de 2018, confirmou os números de 2016, que foram entregues no Tribunal Constitucional, mas remeteu para maio a aprovação das contas finais de 2017, que depois terão de ser entregues à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos.

"O PSD sempre foi um partido de contas reais, transparentes e de boas contas, que sempre cumpriu com os seus fornecedores, sendo um dos partidos portugueses com melhor situação financeira e assim continuará a ser", afirmou.

Quanto às contas de 2017, Matos Rosa ressalvou que os anos eleitorais "têm sempre implicações nas contas do partido" e isso foi salientado na altura própria nos órgãos sociais-democratas.

"Os números reais saberemos em maio, há anos excepcionais em termos contabilísticos que são os anos eleitorais e o ano de 2017 foi um ano de autárquicas, que são as eleições com maior impacto nas contas", sublinhou.

De acordo com o semanárioExpresso, a actual situação financeira do PSD estará a preocupar o presidente do partido, Rui Rio, e a nova direcção, já havendo ordens para controlar a despesa.

AoCorreio da Manhã, o actual secretário-geral do PSD, José Silvano, admitiu que o prejuízo das autárquicas de 2017 "é significativo", mas não quis ainda comprometer-se com números definitivos, uma vez que as contas do partido serão aprovadas até 30 de Maio. "O prejuízo destas autárquicas é significativo, mas ainda não tenho uma contabilização", admitiu, rematando: "ainda só estou aqui há três dias".

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