O PSD arrancou a audição ao ministro das Finanças ao ataque. Acusou João Leão de pensar mais no défice do que nas pessoas e comparou o governante ao ditador António de Oliveira Salazar.
O deputado do PSD, Duarte Pacheco, comparou o ministro das Finanças, João Leão, ao ditador António de Oliveira Salazar por ter obtido um défice orçamental menor do que o previsto em 2020. Já o governante assegurou que não é possível executar tectos de despesa a 100% e acusou o deputado de ter falta de experiência de gestão.
"Eu sei que há uma pessoa que onde quer que esteja deve estar a aplaudir a sua execução orçamental: o Dr. Oliveira Salazar", acusou Duarte Pacheco, na sua interpelação ao ministro, esta terça-feira, na Assembleia da República. "Perante as necessidades, preferiu olhar para o défice", atirou ainda.
O deputado social-democrata criticou o Governo por ter deixado por executar cerca de sete mil milhões de euros cuja despesa tinha sido aprovada pela Assembleia da República. "Ninguém pode compreender que perante a maior dificuldade da nossa história tenha decidido poupar sete mil milhões de euros que tinha pedido ao Parlamento", frisou o deputado.
E continuou: "Resolveu achar que o país não precisava dos apoios que tinha orçamentado no Orçamento Suplementar", atirou o deputado lembrando os cálculos do Banco Central Europeu que indicam que o apoio público à economia portuguesa é o terceiro mais baixo da Zona Euro.
Na resposta, João Leão acusou o deputado de desconhecimento do funcionamento da execução orçamental. "Os orçamentos em contabilidade pública não se executam a 100%, isso não existe", frisou o ministro.
"Já expliquei porque é que é impossível executar esses sete mil milhões de euros", reagiu ainda, já com alguma irritação. E repetiu que "cerca de quatro mil milhões dessas verbas eram receitas próprias" que não chegaram e que por isso "não podiam ser executadas." O resto, "eu não poderia ir tirar a umas áreas e colocar nas outras", justificou, "isso seria ilegal", assegurou, lembrando que a Assembleia da República "não aprova verbas globais, mas sim verbas por áreas."
Depois de frisar que na saúde e na segurança social o orçamento foi executado acima do previsto, acusou os deputados de desconhecimento. "Mostram o desconhecimento de quem não tem experiência executiva ao nível da administração pública", disse, referindo-se aos deputados, a "quem não tem experiência executiva", a quem "analisa de fora" e até a "alguns jornalistas".
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres