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PSD, BE e PCP "chumbam" novo Metro

Partidos defendem que é prioritário garantir a qualidade do serviço público de transporte

O PSD, o BE e o PCP manifestaram-se contra o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa anunciado na segunda-feira pelo Governo, defendendo que é prioritário garantir a qualidade do serviço público de transporte.

"É de todo incompreensível e inacreditável o anúncio público de ontem [segunda-feira] do ministro do Ambiente quanto ao novo plano de expansão do Metropolitano de Lisboa, quando a falta de investimento público é gritante e notória no último ano e, ainda, afecta o funcionamento regular e a qualidade do serviço que é prestado", afirmou o deputado do PSD Carlos Silva, considerando que se trata de "novos investimentos sem nexo".

No âmbito do debate em plenário de projectos de resolução do PSD, BE, PEV e PAN sobre o Metropolitano de Lisboa, o deputado Carlos Silva recomendou ao Governo que "se deixe de projectos faraónicos e pondere a simples resolução dos problemas", nomeadamente os tempos de espera.

Já o deputado do BE Heitor de Sousa classificou de "desastrosa" a estratégia de expansão da rede do Metro de Lisboa, defendendo que o principal investimento que deve ser feito na empresa é a contratação de trabalhadores.

"O actual Governo comprometeu-se, há mais de seis meses, que entrariam para a empresa 60 trabalhadores para colmatar a falta de maquinistas, esta integração deveria estar concluída até ao final do ano passado, mas continua sem ser cumprida", criticou o deputado bloquista.

Neste sentido, Heitor de Sousa disse ser necessário que a Assembleia da República aprove uma recomendação para que o conselho de administração do Metro de Lisboa "assegure a contratação imediata de 30 maquinistas e assegure a entrada imediata nos quadros de pessoal da empresa de trabalhadores na área da manutenção, necessários à reparação das carruagens paradas", para que se reponham os níveis de qualidade do serviço prestado.

Para o deputado do PCP Bruno Dias, o plano de expansão do Metro de Lisboa deve ser devidamente debatido, pelo que, neste momento, o plano merece a discordância dos comunistas.

"É indispensável investir de forma efectiva e séria na criação dos meios necessários para reforçar a empresa com mais camionistas", referiu o deputado comunista, acrescentando que o Metropolitano de Lisboa carece de trabalhadores em todas as áreas da empresa.

Em resposta às posições contra o plano de expansão apresentado pelo actual Governo, o deputado do PS Pedro Delgado Alves declarou que o investimento no Metro de Lisboa vai ser, "seguramente, uma mudança estrutural fundamental no funcionamento dos transportes públicos".

De acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, o Metropolitano de Lisboa vai ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos -, com o custo estimado de 216 milhões de euros, com recurso a fundos comunitários e a empréstimo no BEI - Banco Europeu de Investimento.

Estão também previstas estações de metro nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.

Do plano consta também o encerramento da estação de Arroios a 19 de Julho - e durante 18 meses - para obras que vão permitir o funcionamento de comboios com seis carruagens na Linha Verde e custarão mais de sete milhões de euros.

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