Ordem subscreve as reivindicações dos profissionais que convocaram uma greve para quarta e quinta-feira
A Ordem dos Médicos (OM) subscreve as reivindicações dos sindicatos que convocaram uma greve para quarta e quinta-feira, lamentando a degradação das condições de trabalho que leva à "insatisfação crescente dos profissionais de saúde".
"Nos últimos anos as condições de trabalho dos médicos têm vindo a degradar-se progressivamente, condicionando de forma negativa a qualidade da medicina prestada aos portugueses", refere a Ordem dos Médicos, num comunicado divulgado esta terça-feira, véspera do primeiro dia da greve nacional convocada pelos dois sindicatos médicos.
Para a OM, há uma insatisfação crescente nos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), "o que tem constituído o motivo maior para a saída de muitos profissionais". "A Ordem entende e subscreve as reivindicações defendidas pelos sindicatos como ficou claro na sua participação no recente Fórum Médico (...). Manifesta a sua total solidariedade e apoio a todos aqueles que, sentindo o efeito das más condições de trabalho na qualidade do exercício da medicina, decidam manifestar a sua insatisfação aderindo à greve", assinala o comunicado da estrutura representativa dos clínicos.
O Conselho Nacional da Ordem aproveita ainda para apelar ao ministro da Saúde que se empenhe em contribuir para "preservar as características genéticas do SNS e em recuperar a medicina de proximidade".
A greve marcada para quarta e quinta-feira é um protesto pela ausência de medidas concretas do Governo num conjunto de reivindicações sindicais que têm tentado estar a ser negociadas ao longo do último ano.
Limitação do trabalho suplementar a 150 horas anuais, em vez das actuais 200, imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e diminuição do número de utentes por médico de família são algumas das reivindicações sindicais.
Os sindicatos também querem a reposição do pagamento de 100% das horas extra, que recebem desde 2012 com um corte de 50%. Exigem a reversão do pagamento dos 50% com retroactividade a Janeiro deste ano.
O Ministério da Saúde e o ministro Adalberto Campos Fernandes têm dito que não negoceiam sob pressão e consideram-se empenhados no diálogo com os sindicatos médicos.
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