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PS quer regulamentar objeção de consciência à interrupção voluntária da gravidez

Lusa 30 de agosto de 2024 às 22:35
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Alexandra Leitão considerou falsas as acusações do PSD de que o PS não tem medidas para os jovens e avisou que "nenhuma liberdade está garantida, nenhum direito está assegurado e nenhum avanço civilizacional é insuscetível de retrocesso".

A líder parlamentar socialista anunciou esta sexta-feira que o PS quer regulamentar a objeção de consciência à interrupção voluntária da gravidez e lançar um debate sobre o alargamento do prazo para a despenalização do aborto a pedido da mulher.

Diogo Pinto/Correio da Manhã

No discurso na Academia Socialista, que decorre em Tomar, distrito de Santarém, Alexandra Leitão considerou falsas as acusações do PSD de que o PS não tem medidas para os jovens e avisou que "nenhuma liberdade está garantida, nenhum direito está assegurado e nenhum avanço civilizacional é insuscetível de retrocesso".

Para a líder parlamentar do PS, "governar para os jovens é adotar uma agenda progressista ao nível dos direitos e liberdades fundamentais" e garantir que o SNS assegura a todas as mulheres "o direito humano fundamental de dispor livremente do seu corpo" independentemente da família e das condições socioeconómicas.

"Para isso, vamos regulamentar a objeção de consciência à interrupção voluntária da gravidez e vamos lançar um debate, que eu acho que é oportuno, sobre alargar o prazo para a despenalização do aborto a pedido da mulher", anunciou.

Alexandra Leitão aproveitou este momento para recordar que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução para propor que o direito ao aborto fosse incluído na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, que mereceu os votos contra dos eurodeputados do PSD e CDS-PP.

O discurso da deputada do PS começou com uma palavra de condolências e homenagem aos militares que morreram hoje na sequência da queda de um helicóptero, tendo pedido a todos os presentes que fizessem um minuto de silêncio em memória destas vítimas.

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