Orlando Nascimento reitera que as decisões proferidas nos processos "são elaboradas com isenção" e "imparcialidade". O seu antecessor é arguido na Operação Lex.
O presidente do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), Orlando Nascimento, garantiu hoje, após notícias sobre o processo Operação Lex, que "a distribuição de processos é realizada através de um programa informático, com aleatoriedade e cumprimento das leis".
Em comunicado, Orlando Nascimento reitera que as decisões proferidas nos processos "são elaboradas com isenção, imparcialidade, e preocupação com a defesa do interesse público e particular, nelas envolvido, que são inerentes às funções de juiz".
O presidente do TRL refere que na noite de quinta-feira a estação de televisão TVI divulgou "um conjunto de vicissitudes, a que respeitará a um processo judicial que se encontra no Supremo Tribunal de Justiça, relativas à distribuição de processos pelos juízes desembargadores da Relação de Lisboa".
"Precisamente porque se tratará de matéria de um processo-crime, a Relação de Lisboa e o seu presidente estão impedidos de sobre ela se pronunciarem não podendo nomeadamente, contrapor-lhes quaisquer esclarecimentos", diz Orlando Nascimento no comunicado, acrescentando que, não obstante, "na defesa da Justiça e da tranquilidade pública" avança que "tal matéria tem vindo a ser acompanhada pelo presidente da Relação de Lisboa".
Esse acompanhamento, explica ainda, traduz-se na prestação ao Supremo Tribunal de Justiça, ministério Público e Conselho Superior da Magistratura das "informações necessárias ao exercício das suas competências".
Assim, e no exercício das suas competências próprias, "porque o ato de distribuição é um ato importante do tribunal", Orlando Nascimento declara "publicamente, a todos os portugueses, que a distribuição é feita através de um programa informático, com aleatoriedade e cumprimento do quadro legal na matéria, como é timbre de um tribunal".
Reitera igualmente que as decisões aí proferidas são tomadas com "isenção, imparcialidade" e "preocupação com a defesa do interesse público e particular nelas envolvido", pois isso é inerente às funções do juiz.
O presidente do TRL diz ainda que aguarda "serenamente o apaziguamento legal da situação".
A Associação Sindical considera "essencial apurar se houve escolha de processos para juízes ou de juízes para processos, por razões desviadas e fora das regras que determinam a distribuição aleatória" e, caso tenha ocorrido essa escolha, a mesma "teve influência na decisão final".
A notícia do envolvimento do ex-presidente do TRL na alegada viciação de um sorteio eletrónico de distribuição de processos foi avançada na quinta-feira pela TVI, tendo a Lusa confirmado que Luís Vaz das Neves foi interrogado e constituído arguido na Operação Lex, processo que tem também entre os arguidos o desembargador do mesmo tribunal Rui Rangel, a sua ex-mulher e juíza Fátima Galante, o funcionário judicial Octávio Correia e o presidente do Benfica Luís Filipe Vieira.
Presidente da Relação de Lisboa garante que distribuição de processos é aleatória
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.