Na apresentação da sua candidatura à Presidência da República, que decorreu na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, completamente lotada, Gouveia e Melo prometeu respeitar os partidos, "pilares fundamentais da democracia, assim como a separação de poderes", tendo sempre em mente que o Presidente da República "não governa".
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo defendeu esta quinta-feira que o país precisa de um Presidente "diferente, estável e confiável", "acima de disputas partidárias", que se faça ouvir "usando da palavra com contenção e propriedade".
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
Na apresentação da sua candidatura à Presidência da República, que decorreu na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, completamente lotada, Gouveia e Melo prometeu respeitar os partidos, "pilares fundamentais da democracia, assim como a separação de poderes", tendo sempre em mente que o Presidente da República "não governa".
"Acredito que agora, mais do que nunca, precisamos de um Presidente diferente. Um Presidente capaz de unir, de motivar e dar sentido à esperança, capaz de ser consciência e exemplo, de ajudar a mudar aquilo que há tanto tempo precisa de ser mudado. Um Presidente estável, confiável e atento, acima de disputas partidárias, longe das pressões e fiel ao povo que o elegeu", considerou.
O antigo Chefe do Estado-Maior da Armada defendeu ainda a ideia de um chefe de Estado "que não seja um mero espetador da vida política, mas que interpele e exija quando necessário, pois representa todo o povo".
"Que se faça ouvir, usando da palavra com contenção, com substância e com propriedade. Este será, porventura, o seu maior poder", sublinhou.
Caso os eleitores confiem o seu voto em Gouveia e Melo, o almirante na reserva assegurou que cumprirá "com lealdade as funções que a Constituição" confia ao Chefe de Estado: "defender a independência nacional; garantir o funcionamento das instituições democráticas; ser árbitro e moderador; promover a coesão nacional - que é mais do que território, é pertença, é identidade; e representar Portugal com orgulho e com dignidade".
Na abertura da sua intervenção, às 20:06, Gouveia e Melo disse ter sentido, "de forma crescente", um apelo para que avançasse com uma candidatura a Belém: "Apoio espontâneo, genuíno e persistente, que muito me honra e responsabiliza", disse.
Salientando que "o mundo mudou muito", o almirante na reserva apontou que se veem "nuvens carregadas de incerteza e de perigo no horizonte", com a guerra de regresso ao "coração da Europa, destruindo a ilusão de uma paz garantida", um Ocidente que "vacila, divide-se, perde o rumo" e uns Estados Unidos da América que "já não garantem segurança, lançam incertezas".
Gouveia e Melo continuou, afirmando que, neste contexto, "a força tenta impor-se à razão", a "economia global retrai-se e, com ela, esmorece a esperança", "as democracias são atacadas de fora e corroídas por dentro", alertando que Portugal "não está imune, nem isolado numa redoma protetora" e "são claros os sinais de cansaço, desânimo e desencanto na jovem democracia".
"E é por tudo isto que aqui estou. Porque não consegui ficar de braços cruzados. Porque amo este país e sinto que é meu dever agir. Com a mesma entrega com que servi a Marinha, as Forças Armadas e Portugal durante 45 anos, com a mesma coragem com que jurei dar a vida pela Pátria, se necessário, e com o mesmo compromisso com que sempre defendi a liberdade, a Constituição e os interesses de todos os Portugueses", sustentou, justificando o avanço para a corrida presidencial.
Destacando a sua experiência militar, Gouveia e Melo disse apresentar-se "com a experiência de quem liderou em momentos difíceis".
"Estive sempre onde o país me chamou: comandei missões exigentes nas Forças Armadas; estive com as populações em Pedrógão, no meio das cinzas e da dor; coordenei, com muitos, a campanha de vacinação contra a covid-19, quando Portugal mais precisava de organização, confiança e liderança", lembrou o antigo coordenador da 'task force' para a vacinação.
Num discurso de cerca de um quarto de hora, Gouveia e Melo foi frequentemente aplaudido pelos presentes, principalmente quando fez referências de cariz nacional, numa sala repleta de pequenas bandeiras de Portugal e outras que diziam "Gouveia e Melo Presidente", de cor azul escura.
No final do discurso foi entoado o Hino Nacional, e Gouveia e Melo esteve rodeado de jovens no palco que expunha o `slogan´ da campanha: "Unir Portugal".
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro