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Porto Editora diz não ter recebido queixas de assédio sexual sobre Manuel Alberto Valente

"Em nenhum momento, ao longo destes anos, chegou ao conhecimento dos seus responsáveis máximos qualquer queixa ou relato" acerca da acusação feita pela jornalista Joana Emídio Marques contra o antigo diretor editorial do grupo, indica uma nota.

A Porto Editora garante desconhecer "qualquer queixa ou relato" relacionado com a denúncia sobre Manuel Alberto Valente, ex-diretor editorial da empresa acusado de assédio sexual pela jornalista Joana Emídio Marques, e destaca o "profissionalismo, empenho e sentido de compromisso" do colaborador. 

Manuel Alberto Valente
Manuel Alberto Valente DR

No dia 30 de abril, Joana Emídio Marques divulgou na sua página de Facebook um episódio ocorrido em novembro de 2012, no qual o também cronista do semanárioExpresso, de 76 anos, terá tentado beijá-la, depois de um jantar de trabalho em que proferiu frases insultuosas. A jornalista ter-se-á queixado ao assessor de imprensa da Porto Editora, Rui Couceiro, que reconheceu "haver esse problema".

Sobre o relatado, a Porto Editora indica que "em nenhum momento, ao longo destes anos, chegou ao conhecimento dos seus responsáveis máximos qualquer queixa ou relato relacionado com o caso em apreço ou qualquer outro de natureza similar". 

"No Grupo Porto Editora, há uma cultura de respeito e de salvaguarda dos direitos fundamentais de cada indivíduo, sendo inaceitável qualquer atitude ou comportamento que, no relacionamento profissional entre trabalhadores, e destes com os nossos públicos, contrarie esse quadro de valores. Do mesmo modo, é também ponto de honra dar a atenção que se exige a qualquer reclamação apresentada, interna ou externa, seja qual for a matéria em causa, agindo-se em conformidade e à luz da Lei", lê-se em nota de imprensa enviada às redações. 

De acordo com a Porto Editora, Manuel Alberto Valente cessou funções como diretor da divisão editorial literária de Lisboa em setembro de 2020, fruto de uma "decisão estritamente pessoal, que o Grupo Porto Editora respeitou e aceitou". "Com um percurso de décadas em várias casas editoriais, como a D. Quixote, a ASA e a Leya, os últimos 12 anos desse caminho foram no Grupo Porto Editora, tendo Manuel Alberto Valente exercido as suas funções com elevado profissionalismo, empenho e sentido de compromisso", termina a nota. 

Joana Emídio Marques detalhou o episódio num texto para a SÁBADO, que pode ler aqui. 

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