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No começo de 2020, Valdemar Alves apeou Margarida Guedes da vice-presidência da câmara; agora o executivo cancelou as competências próprias delegadas ao presidente.
O executivo municipal de Pedrógão Grande cancelou, este mês, os poderes que a Câmara delegara ao presidente, Valdemar Alves (eleito pelo PS, em 2017, e, em 2013, pelo PSD).
Ricardo Almeida / Correio da Manhã
A deliberação foi tomada pela vereadora socialista Margarida Guedes (ex-vice-presidente) e pelos vereadores social-democratas João Marques e Raul Garcia. A delegação de competências da Câmara ao presidente destina-se a agilizar o funcionamento da autarquia, mas a maioria da vereação entende ter sido posta em causa a outrora "relação de confiança e compromisso entre ambas as partes".
"Tem-se verificado, muito recorrentemente, e, ultimamente, de forma cada vez mais exacerbada, a prepotência na tomada de decisões pelo presidente em matérias delegadas, sendo que mandariam a transparência e boa-fé trazer [os assuntos] à discussão do executivo camarário", alega a exposição de motivos, a que aSÁBADOteve acesso, redigida por Margarida Guedes.
Nelson Fernandes, vice-presidente da autarquia durante o último ano e meio do mandato e líder concelhio do PS, alega que a medida prejudica os munícipes e os potenciais investidores.
A Comissão Concelhia do PS de Pedrógão Grande insurgiu-se contra a posição da vereadora socialista, o que levou Margarida Guedes a usar de ironia para se regozijar por o vice-presidente da Câmara Municipal "finalmente, se ter lembrado" que ela é vereadora eleita pelo partido.
Ao rotular de "pura demagogia" a alegação de prejuízo para o concelho, a vereadora disse àSÁBADOque, por um lado, a natureza da Câmara consiste em órgão colegial e, por outro, é "impossível confiar num presidente que dá e tira pelouros, dá e mantém funções a mais altos funcionários do Município sem enquadramento legal e depois de reprovados em local próprio, admite e/ou suspende pessoas e esbanja dinheiro em projetos".
Um porta-voz de Valdemar Alves disse que o autarca não profere qualquer comentário, "além do que foi abordado em reunião da Câmara".
Quando foi apeada da vice-presidência da autarquia, há um ano, a vereadora socialista deixou de responder pelos pelouros da educação, saúde, ação social, desporto, turismo e obras particulares.
Segundo fontes partidárias, Valdemar Alves – eleito, em 2017, como independente, pelo PS, depois de ter liderado o Município em representação do PSD – terá optado por destituir a vereadora da vice- presidência num "exercício tacticista de calculismo" a que não será alheia a proximidade da eleição autárquica de 2021.
Antigo inspetor da Polícia Judiciária, Alves convidara Margarida Guedes a transitar para a função de diretora da Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal, cujas quotas pertencem à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão (51 por cento) e à autarquia.
Margarida Guedes, que declinou o convite e regressou à docência no ensino público, ponderou outros cenários e acabou por entender "honrar o mandato", tendo optado por permanecer no executivo camarário como vereadora sem pelouros.
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Não é possível afirmar-se defensor da família enquanto orgulhosamente se promovem medidas que visam a separação de maridos das suas mulheres e de pais e mães dos seus filhos.