Sábado – Pense por si

PCP vai apresentar moção de rejeição ao Governo da AD

Débora Calheiros Lourenço , Lusa 13 de março de 2024 às 11:39
As mais lidas

A moção vai ser apresentada mesmo que Montenegro não faça qualquer entendimento com o Chega

Durante a reunião de apresentação das conclusões do Comité Central, Paulo Raimundo avançou que o partido vai apresentar uma moção de rejeição ao Governo da AD.

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa, Paulo Raimundo salientou que o partido irá dar, "desde o primeiro minuto, combate à política de direita e aos projetos reacionários que se procuram afirmar e vai fazê-lo utilizando todos os meios ao seu dispor para esse combate".

Questionado se o partido admite apresentar uma moção de rejeição ao programa de Governo da AD, o líder comunista respondeu: "Com toda a clareza digo que sim".

"Este é um sinal político que queremos dar", garantiu o secretário-geral do PCP.

Esta decisão é apresentada mesmo que Montenegro não faça qualquer entendimento com o Chega porque a AD merece uma moção de rejeição "por si só": "Temos a convicção e a certeza que os objetivos da direita, independentemente das aparentes disputas, são prejudiciais ao trabalhadores, povo e país".

Uma moção de rejeição é apresentada ao programa apresentado pelo Governo e a sua aprovação requer o voto a favor da maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções.

Numa alusão aos restantes partidos de esquerda, Paulo Raimundo referiu que esta moção de rejeição é "um sinal claro que só obriga a quem a apresenta, mas outros também farão as opções que entenderem sobre essa matéria".

"Quem nos quiser acompanhar, acompanhará, quem não quiser acompanhar, não acompanha. Aquilo que fazemos não é para arrastar outros, é para dar um sinal claro de que, connosco, o projeto da direita não avança", disse.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.