Bloco de Esquerda assume-se como oposição, PCP vai apresentar uma moção de rejeição e Livre quer uma nova 'geringonça'.
O Bloco de Esquerda quer criar um entendimento de oposição e pediu ontem reuniões com o PS, PCP, Livre e PAN para reativar a "geringonça", desta vez como bloco de oposição à direita. Entretanto, o PCP vai avançar com uma moção de rejeição a um governo AD.
O objetivo passa por começar já a preparar as próximas eleições, que podem estar para breve, e recuperar os votos perdidos pela Esquerda de forma a criar uma alternativa de governação.
A proposta foi apresentada por Mariana Mortágua através de um vídeo partilhado nas redes sociais em que assumiu que o Bloco se deve concentrar em fazer "oposição popular": "Os partidos do campo democrático, ecologistas e da Esquerda têm a obrigação de manter abertas as portas do diálogo, de procurar convergências", afirmou a líder bloquista.
A verdade é que ainda faltam apurar quatro deputados, provenientes dos círculos da emigração, mas neste momento, sem contar com o Chega a que Montenegro continua a dizer "não é não", a AD e a IL somam 87 deputados enquanto toda a Esquerda consegue 90.
O Bloco de Esquerda manteve os cinco deputados que conquistou em 2022, depois de ter perdido 14 deputados em comparação com 2019, pelo que aponta o PS como o principal responsável pela derrota da Esquerda pelo "fracasso da maioria absoluta" e por ter optado por manter a "herança de António Costa". Ainda assim acredita que é possível "estabelecer pontos entre os partidos de esquerda" para que no futuro exista uma "maioria em torno de uma plataforma clara" que seja uma "alternativa política credível" à direita.
Esta quarta-feira Paulo Raimundo afirmou que "não será pelo PCP que o projeto da Direita será implementado no nosso país". Assim sendo os comunistas prometem apresentar uma moção de rejeição do programa de Governo da Aliança Democrática, mesmo que esta não conte com o apoio do Chega.
O PS já afirmou estar "naturalmente disponível para receber o Bloco de Esquerda". Também o Livre, único partido da esquerda que viu a sua representação no parlamento aumentar, confirmou que aceitou o convite da líder bloquista.
Rui Tavares, porta-voz do Livre, apresentou até uma outra opção para a Esquerda defendendo "é o bloco mais coeso e mais amplo para proporcionar uma solução de governo". Rui Tavares acredita até que, confirmada a maioria dos deputados de Esquerda no Parlamento, sem contar com o Chega, "se a AD e a IL votarem a favor de uma moção de rejeição de Chega, isso significa que, na prática, contam aritmeticamente com o Chega, e contam com ele politicamente também".
"Temos o campo da Esquerda, que neste momento tem mais votos e mais mandatos que o campo da Direita democrática, a AD e a IL, e temos o campo do Chega com o qual toda a gente disse que não negociaria para governo. O normal é que, a partir do momento em que o Presidente da República recebe os partidos, deve procurar entre esses partidos qual é que é o bloco mais coeso e mais amplo que possa proporcionar uma solução de governo", continuou.
Apenas Inês Sousa Real ainda não se manifestou sobre o convite de Mariana Mortágua mas o PAN foi ontem ouvido pelo Presidente da República e à saída Inês Sousa Real traçou "linhas irrenunciáveis" com a Aliança Democrática além de considerar "muito difícil que a AD se aproxime dos valores do PAN".
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