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PCP satisfeito com PS e BE sobre carreiras contributivas

12 de fevereiro de 2017 às 19:15
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O secretário-geral do PCP lembrou que o seu partido colocou esta questão ao primeiro-ministro "em sucessivos debates quinzenais"

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, congratulou-se este domingo por o PS e o BE se terem juntado ao seu partido na questão das longas carreiras contributivas, que tanto aflige os portugueses. "Imaginam o que é uma vida inteira de trabalho, 40 e tal anos de carreira contributiva e as pessoas, chegando ao limite em que desejam naturalmente a reforma, serem confrontados com uma penalização brutal que reduz significativamente as suas pensões e reformas?", questionou, durante um almoço/comício em S. Pedro do Sul.

Jerónimo de Sousa lembrou que o PCP colocou esta questão ao primeiro-ministro "em sucessivos debates quinzenais". Segundo o líder do PCP, tendo em consideração as notícias que leu hoje, "afinal o Governo e o BE também estão preocupados com a matéria e vão apresentar soluções".

"Bem-vindos PS e BE a este combate que travamos já há muito tempo na defesa dos interesses dos trabalhadores", frisou.

No entanto, considerou que "é pouco e é curto aquilo que se conseguiu", ainda que continue "a valorizar muito o que foi alcançado". Na sua opinião, "o grande problema é que o Governo do PS hoje não é capaz de fazer frente a constrangimentos" que o PCP considera fundamentais.

Se, por um lado, toda a gente concorda que "é preciso o desenvolvimento económico, o crescimento económico", por outro, "aparece o peso do défice, o peso da dívida, a política do euro", constrangimentos a esses objectivos, afirmou.

Jerónimo de Sousa disse que "não se pode ter sol na eira e chuva no nabal", ou seja, "não se pode afirmar o desenvolvimento económico soberano, aceitando estas limitações e estas restrições". "Como é que nós podemos progredir, por exemplo, em relação ao serviço da dívida, em que vamos ter que pagar oito mil milhões de euros por ano?", questionou.

O almoço/comício em que o secretário-geral discursou inseriu-se na campanha nacional do PCP "Mais direitos, mais futuro, não à precariedade".

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