Sábado – Pense por si

PCP não vai mexer (para já) nos seus órgãos

Margarida Davim
Margarida Davim 13 de novembro de 2022 às 10:50
As mais lidas

Comité Central não decidiu ainda quem entrará para substituir Jerónimo de Sousa no Secretariado e na Comissão Política do partido ou quem ficará com as tarefas que Paulo Raimundo assegurava nesses órgãos.

A reunião do Comité Central, deste sábado, serviu para eleger o novo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que só não foi escolhido por unanimidade, porque decidiu não votar em si próprio. No entanto, o órgão máximo do partido entre congressos decidiu não mexer já na composição de outros órgãos da direção comunista.

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Jerónimo de Sousa abandona, por motivos de saúde, o cargo de secretário-geral que ocupou durante 18 anos, mas deve sair também do Secretariado e da Comissão Política.

Além disso, Paulo Raimundo, ao ocupar o lugar de Jerónimo, deixará de ter disponibilidade para assegurar todas as tarefas que desempenhava no partido, nomeadamente no que toca à coordenação da zona norte.

Esta situação fazia com que fosse expectável que o Comité Central aproveitasse a reunião de sábado à noite para mexer na composição do Secretariado e da Comissão Política. Mas não foi isso que aconteceu.

Uma fonte do partido diz à SÁBADO que isso pode significar que o Comité Central quer fazer "uma reforma mais alargada" do órgão. Mas ainda é cedo para perceber como e quando isso poderá acontecer.

Uma coisa é certa: segundo os estatutos do partido, o Comité Central não só tem o poder de indicar a composição destes órgãos como pode mesmo cooptar membros sem precisar de um Congresso para o fazer.

Enquanto não é escolhido um nome para substituir Jerónimo de Sousa no Secretariado e na Comissão Política, é expectável que, esta semana, haja uma redistribuição das tarefas nestes dois órgãos.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.