Augusto Santos Silva afirmou que Portugal não pode reconhecer a Assembleia Constituinte da Venezuela eleita domingo, classificando-a como "um passo negativo"
O PCP criticou hoje o Governo português por não reconhecer a Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela por ser "contrária aos interesses da comunidade portuguesa" e à necessidade de "estabilidade política" no país.
Um dia depois de o Governo ter seguido a opção da União Europeia, de não reconhecer a Constituinte eleita no domingo, o PCP afirmou, em comunicado, que "a segurança da comunidade portuguesa residente na Venezuela implica a condenação das acções desestabilizadoras, terroristas e golpistas".
Os comunistas portugueses têm apoiado o Governo do presidente Nicolas Maduro e acusam os Estados Unidos e a União Europeia de contribuir "para alimentar actos de ingerência".
É uma "atitude de respeito pela soberania da Venezuela e da sua ordem constitucional e não a contribuição para alimentar actos de ingerência que, indisfarçadamente a administração norte-americana e a própria União Europeia prosseguem", que ajudará a "assegurar a normalização da situação" no país, lê-se no comunicado.
Logo na segunda-feira, o PCP saudou o "ato de afirmação democrática" da Venezuela nas eleições de domingo para a Assembleia Constituinte e exigiu que o Governo português tenha uma "atitude de respeito pela soberania" do país.
A União Europeia recusou, na quarta-feira, reconhecer a Assembleia Constituinte eleita no domingo na Venezuela e pediu que a "instalação efectiva" daquele órgão seja suspensa, de acordo com declarações da chefe da diplomacia, Federica Mogherini, em nome dos Estados-membros.
Também na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que Portugal, tal como os restantes países da União Europeia, não pode reconhecer a Assembleia Constituinte da Venezuela eleita domingo, a qual classificou de "um passo negativo".
Convocada a 1 de Maio pelo Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, a eleição da Assembleia Constituinte decorreu no domingo passado sob uma forte vigilância militar. Maduro convocou a eleição com o principal objectivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspectos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
O governo reclama uma taxa de participação de 41% nas eleições, mas a oposição contesta estes números, havendo denuncias de manipulação da votação.
PCP critica Governo por não reconhecer Constituinte venezuelana
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