"Não é possível vencer a pobreza, as desigualdades sociais, as justiças, sem uma alteração radical das políticas que têm vindo a ser seguidas. Sem uma elevação dos salários e do investimento público", considerou João Ferreira.
O dirigente do PCP João Ferreira lamentou este sábado que o discurso do Presidente da República não sinalizasse um caminho para "combater a pobreza e as desigualdades sociais", sublinhando que o próximo Orçamento do Estado também não trará essas respostas.
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
"O Presidente da República evocou a necessidade de haver mudanças. Disse que havia a necessidade de combater a pobreza, as desigualdades sociais. É difícil não subscrever essas palavras, a questão é como. Sobre isso nada foi dito", apontou.
No seu discurso, o Presidente da República afirmou que "a democracia está viva", embora não seja "perfeita nem acabada", e defendeu que tem de ser "mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária"
Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda a pobreza e a corrupção entre os problemas que persistem "em 50 anos de Abril" e que exigem mudanças.
"Não é possível vencer a pobreza, as desigualdades sociais, as justiças, sem uma alteração radical das políticas que têm vindo a ser seguidas. Sem uma elevação dos salários e do investimento público", considerou João Ferreira.
Questionado sobre a contraproposta apresentada na sexta-feira pelo PS ao Governo, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) o dirigente comunista considerou que a discussão ainda está "longe do que verdadeiramente interessa".
"Se há alguma virtude que esta novela tem trazido é evidenciar como estamos longe da discussão que verdadeiramente interessa, sobre o conteúdo do orçamento e em que medida o orçamento responde ou não ao que são os grandes problemas que o país está confrontado", apontou.
No entendimento de João Ferreira, esta aproximação entre o PS e o Governo revela que "não são tão diferentes assim os posicionamentos e os objetivos programáticos de um e de outro".
"Se olharmos para a dimensão daquilo que o orçamento deve responder, quer o orçamento, quer a política deste Governo está longe de responder a essas necessidades. Pelo contrário, o que verificamos é que há um caminho no sentido do agravamento desses problemas que o país se defronta", sublinhou.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"