O Presidente da República fez o discurso das comemorações da Implantação da República na Praça do Munícipio, em Lisboa.
O Presidente da República afirmou este sábado que "a República e a democracia estão vivas, mas sabem que têm de mudar e muito". No discurso de celebração da Implantação da República, Marcelo Rebelo de Sousa apelou às mudanças: "O mundo mudou, Portugal mudou, mas é facto que a República está viva. É preciso mudar na luta contra as desigualdades, no combate à corrupção".
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
"Sabendo no entanto quais as razões de estarem vivas [República e democracia], viver com liberdade é muito melhor do que viver com repressão. A mais imperfeita democracia é muito melhor do que a mais tentadora ditadura", disse no final do discurso o chefe de Estado.
O Presidente da República começou por enumerar os vários momentos em que a República foi atacada, mas que acabou por sobreviver, desde a I República até à ditadura, passando pela Guerra Colonial. Lembrando, em seguida, que a "República renasceu" com o 25 de Abril e que "afirmou a sua plena legitimidade eleitoral em 1982".
"A República e a democracia experimentaram substanciais mudanças, viram o mundo mudar de bipolar, para unipolar e para multipolar, e Portugal sempre fiel aos seus princípios."
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda a sociedade multicultural que Portugal apresenta hoje, com "mais de um milhão de não nacionais", a maioria de países lusófonos, e enalteceu a diversidade que trouxeram. "A República e democracia viram como, ao lado do catolicismo, avultaram outras importantes confissões cristãs, em rápida subida, e também outros numerosos credos e igrejas e não crentes", e comentou: "Mosaico riquíssimo, bem diferente de alguns dos nossos vizinhos europeus".
Na parte final do seu discurso, o Presidente da República defendeu os valores da liberdade, pluralismo e tolerância: "Viver com liberdade é muito melhor do que viver com repressão. Pluralismo é muito melhor do que verdade única. Tolerância e universalismo é muito melhor do que aversão ao diferente e fechamento. A mais imperfeita democracia é muito melhor do que a mais tentadora ditadura".
As negociações em curso sobre o Orçamento do Estado para 2025 ficaram de fora do discurso do chefe de Estado.
Esta foi a primeira sessão comemorativa do 5 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março.
O primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, assistiram à cerimónia.
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