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O problema das listas de espera nos transplantes de medula

Lucília Galha
Lucília Galha 11 de setembro de 2021 às 18:00

Há 10 pessoas no IPO de Lisboa que já deviam ter sido transplantadas. A espera tem riscos: Arthur desenvolveu leucemia.

Na história de Arthur há um "se" determinante. Se tivesse sido transplantado mais cedo, a sua doença não teria evoluído para um cancro. Também não teria feito uma quimioterapia bastante mais agressiva. "De que é que adianta diagnosticar-se atempadamente se não se trata a tempo?", interroga a mãe, Dalila Reais. Arthur tinha apenas 7 anos quando surgiram os primeiros sintomas: febre e umas bolhas nos pés. Foi em novembro de 2019, mas só quatro meses depois recebeu um diagnóstico. Tinha uma doença rara chamada síndrome mielodisplásica, um tipo de pré-leucemia – a medula dele não funcionava bem. A única forma de se curar seria com um transplante.

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