Ministério Público pediu a mesma medida de coação para Francisco Pessegueiro, outro arguido da Operação Vórtex.
O Ministério Público pediu prisão preventiva para Miguel Reis, ex-autarca de Espinho, e para o construtor Francisco Pessegueiro, arguidos na Operação Vórtex.
D. R.
Miguel Reis já renunciou ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Espinho. Foi eleito em 2021.
Miguel Reis foi hoje ouvido durante quase cinco horas no Tribunal de Instrução Criminal do Porto no âmbito da operação Vórtex por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências, revelou fonte judicial.
Os cinco detidos na terça-feira apenas hoje à tarde foram chamados para prestar declarações, depois de a manhã ter sido preenchida pelos respetivos advogados de defesa na consulta dos processos, resumiu a mesma fonte.
O ex-presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, foi esta quinta-feira o segundo a ser ouvido pelo juiz de instrução criminal. Miguel Reis começou a ser interrogado cerca das 16:30, tendo o seu advogado, Nuno Brandão, abandonado as instalações do TIC já passava das 21:00, confirmando a audição do seu constituinte tinha terminado pouco antes.
Depois foi ouvido o empresário Paulo Malafaia, relatou outra fonte do processo.
Estão igualmente detidos o chefe da divisão do Urbanismo da autarquia, José Costa, e outros dois empresários.
Em comunicado, na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que estas cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto.
A operação da Polícia Judiciária, denominada de Vórtex, contou com a presença de magistrados do Departamento de Investigação e de Ação Penal (DIAP) Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como de peritos informáticos de várias estruturas daquela polícia.
"A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", explicou a PJ.
Miguel Reis revelou hoje, em comunicado enviado à Lusa, renunciar ao seu mandato como presidente da Câmara Municipal de Espinho.
"Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista", revelou o político.
Miguel Reis foi eleito presidente da Câmara de Espinho pelo PS nas autárquicas de 2021, com 40,23% dos votos e era também o presidente da concelhia do PS de Espinho, depois de ter sido reeleito para o cargo em outubro de 2022.
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".