Miguel Reis, ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho, e o construtor Francisco Pessegueiro ficaram em prisão preventiva.
D. R.
Esta sexta-feira, o ex-autarca tinha sido ouvido durante quase cinco horas no Tribunal de Instrução Criminal do Porto no âmbito da Operação Vórtex por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências, revelou fonte judicial.
Começou a ser interrogado cerca das 16:30, tendo o seu advogado, Nuno Brandão, abandonado as instalações do TIC já passava das 21:00, confirmando a audição do seu constituinte tinha terminado pouco antes.
Já na quinta-feira, através de um comunicado enviado à Lusa, Miguel Reis anunciou que iria renunciar ao seu mandato como presidente da Câmara Municipal de Espinho.
"Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista", revelou o político.
Miguel Reis tinha sido eleito pelo PS nas autárquicas de 2021, com 40,23% dos votos e era também o presidente da concelhia do PS de Espinho, depois de ter sido reeleito para o cargo em outubro de 2022.
Em comunicado, na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que estas cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto.
A operação da Polícia Judiciária, denominada de Vórtex, contou com a presença de magistrados do Departamento de Investigação e de Ação Penal (DIAP) Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como de peritos informáticos de várias estruturas daquela polícia.
"A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", explicou a PJ.
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