O ex-secretário de Estado Adjunto de Passos Coelho afirma que as conversas com Ricardo Salgado, em maio de 2014, eram sobre o GES e não sobre o Banco Espírito Santo.
Carlos Moedas, ex-secretário de Estado Adjunto no Governo de Pedro Passos Coelho, ouviu Ricardo Salgado em 2014 sobre as preocupações em torno do Grupo Espírito Santo (GES), e não sobre o Banco Espírito Santo (BES). Mas "não era minha função fazer alguma coisa", diz.
O atual candidato à Câmara de Lisboa está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, esta terça-feira, 6 de abril.
"A minha responsabilidade no Governo era fechar com a troika o programa de ajustamento", refere Carlos Moedas, esclarecendo as suas funções.
"Como secretário de Estado do primeiro-ministro tinha a função e competência de monitorizar as reformas estruturais que estávamos a fazer na economia", como foi o caso da "nova lei da concorrência, a saúde e as dívidas dos vários hospitais que não eram pagas" e ainda "a reforma da justiça".
Carlos Moedas adianta ainda que Ricardo Salgado não contactou apenas consigo, em maio de 2014. O ex-presidente do BES estava também a falar com outros membros do Governo, nomeadamente com o primeiro-ministro ou a ministra das Finanças.
Salgado "sabia que eu não tinha poder e eu sabia que estava a falar com outros membros do Governo". Por isso, não transmitiu as preocupações aos outros membros do Executivo que também se estavam a reunir com o gestor.
"Era a minha função ouvi-lo, mas não era a minha função fazer alguma coisa no Governo", remata.
Além de Carlos Moedas, também Carlos Calvário, ex-diretor do BES, irá esta terça-feira à comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, a partir das 15:00.
Moedas ouviu Salgado sobre o GES, mas "não era minha função fazer alguma coisa"
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