NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
Helena Carreiras respondia a Rodrigo Saraiva (IL), que requereu a audição da governante para debater a polémica com 13 militares da Marinha, que em março se recusaram embarcar para uma missão no navio 'Mondego', alegando falta de condições de segurança.
A ministra da Defesa defendeu esta quarta-feira que as ordens nas Forças Armadas "não são negociáveis" e "só há espaço" para desobedecer a ordens ilegais, numa intervenção sobre a polémica com os militares que se recusaram embarcar no navio 'Mondego'.
TIAGO PETINGA/LUSA
"As ordens não são negociáveis. Só há espaço para não obedecer a ordens ilegais. A disciplina militar é indispensável para assegurar a eficácia de missões, mesmo quando se discorda, ou em situações de elevado risco, inclusive de guerra", considerou a ministra.
Helena Carreiras falava na comissão de Defesa, na Assembleia da República, e respondia ao líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL), Rodrigo Saraiva, que requereu a audição da governante para debater a polémica com 13 militares da Marinha, que em março se recusaram embarcar para uma missão no navio 'Mondego', alegando falta de condições de segurança.
A ministra distinguiu "duas dimensões" sobre o tema: "a do investimento, relacionada com a operacionalidade dos meios, e a da disciplina".
Ao nível do investimento, Helena Carreiras salientou o "crescimento dos dois Orçamentos do Estado, e da proposta de Lei de Programação Militar (LPM) que apresenta o maior investimento de sempre" no setor.
"Nesta última estão previstas diversas aquisições: Navios Patrulha Oceânicos e Patrulha Costeiro, Reabastecedor, Navio Polivalente Logístico, navio Hidrográfico e Lanchas. Dos oito projetos estruturantes, três destinam-se à Marinha", referiu, acrescentando que o executivo propõe "um montante superior a 800 milhões de euros alocado à sustentação e modernização da Marinha".
Quanto à questão da disciplina, Helena Carreiras reafirmou, tal como já tinha dito publicamente na altura da polémica, que "é inaceitável o ocorrido no dia 11 de março quando o NRP Mondego se encontrava com uma prontidão de duas horas e em condições de segurança para navegar, após a avaliação de quem tinha essas competências, conforme o CEMA [Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo] já esclareceu".
A governante sublinhou que "esta conduta dos marinheiros colocou em causa a cadeia hierárquica".
"Às Forças Armadas, corpo especial do Estado com direitos e deveres especiais previstos na Constituição e no Regulamento da Disciplina Militar, são exigidas atividades assentes nos valores militares da missão, da hierarquia, da coesão, da disciplina, da segurança e da obediência aos órgãos de soberania competentes nos termos da Constituição e da lei", salientou.
Helena Carreiras acrescentou que "há um conjunto de princípios e de conduta essenciais no cumprimento das missões que estão cometidas às Forças Armadas, competindo aos Chefes Militares assegurar o cumprimento do Regulamento da Disciplina Militar, nomeadamente o cumprimento pronto e exato dos deveres militares, bem como de instruções emanadas pelos superiores hierárquicos", entendendo que "foi isso que aconteceu" neste caso.
A polémica com o navio Mondego remonta a março, depois de a Marinha ter falhado uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira, após a recusa de 13 militares em embarcar, alegando falta de condições de segurança.
O episódio levou a Armada a realizar uma inspeção ao NRP (Navio da República Portuguesa) Mondego, que concluiu que a missão "era realizável em segurança", e a avançar com processos disciplinares aos militares revoltosos, cujas acusações serão apresentadas aos visados na quinta-feira.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.