Meninas receberam medicamento contra atrofia muscular espinhal em 2020. Equipa de neuropediatria opôs-se ao tratamento.
Desde o início de novembro que o Ministério Público investiga o caso das gémeas luso-brasileiras que receberam um medicamento que custou quatro milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), indica o jornalPúblico.
O caso das meninas, tratadas no hospital de Santa Maria, terá levado à intervenção do Presidente da República. As bebés receberam o tratamento em junho de 2020 apesar de a equipa de neuropediatria do hospital se ter oposto.
O caso foi revelado por uma reportagem da TVI, transmitida no início de novembro, segundo a qual as duas gémeas luso-brasileiras vieram a Portugal receber o medicamento Zolgensma, - um dos mais caros do mundo - para a atrofia muscular espinhal. Segundo a TVI, havia suspeitas de que isso tivesse acontecido por influência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que negou entretanto qualquer interferência no caso.
Marta Temido, a ministra da Saúde na altura, disse-se disponível para ser ouvida e Lacerda Sales, que era então secretário de Estado da Saúde, pode ser chamado ao Parlamento: o Chega e a Iniciativa Liberal já revelaram a intenção de o fazer.
Tanto a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) como o hospital de Santa Maria abriram investigações ao caso.
O medicamento Zolgensma, para o tratamento da atrofia muscular espinhal, já foi administrado a 33 crianças em Portugal, desde que a bebé Matilde o recebeu em julho de 2019, segundo dados do Infarmed. O caso de Matilde foi o primeiro do País.
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) aprovou em outubro de 2021 o financiamento público do Zolgensma, para tratamento da atrofia muscular espinhal tipo 1, uma doença que atinge cerca de uma em cada 11 mil crianças.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"