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Marcelo volta a desmentir contacto com ex-director da PJM sobre Tancos

05 de novembro de 2018 às 17:37
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Não houve contactos bilaterais com elementos da Polícia Judiciária Militar nem "existe na Casa Civil ou na Casa Militar da Presidência da República qualquer documento relativo a operação de recuperação das armas de Tancos".

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a negar ter recebido alguma vez o director da Polícia Judiciária Militar "ou qualquer elemento dessa instituição", através de uma nota no site da Presidência. "O director encontrava-se na visita a Tancos a 4 de Julho de 2017, visita essa durante a qual o Presidente percorreu, com as entidades presentes, circunstanciadamente, a área em causa e teve uma reunião com todos os responsáveis. Não teve qualquer reunião bilateral com nenhum deles", lê-se no comunicado. 

"Nenhum membro da Casa Civil ou da Casa Militar falou ou escreveu ao Presidente da República sobre a operação da descoberta das armas de Tancos, antes de ela ter ocorrido. Nem tão pouco falou ou escreveu sobre a operação, depois de vinda a público, nomeadamente como sendo ou podendo vir a ser ilegal ou criminosa, incluindo quaisquer memorandos ou referências a reuniões com eles relacionados", relata. "Não existe na Casa Civil ou na Casa Militar da Presidência da República qualquer documento relativo a operação de recuperação das armas de Tancos, antes ou depois de ter ocorrido, incluindo quaisquer memorandos ou referências a reuniões com eles relacionados. Não existe registo de qualquer estafeta da Presidência da República a entregar ou receber documentação da ou na Polícia Judiciária Militar."

No sábado, dia 3, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha garantido que nunca falou com o director da Polícia Judiciária Militar sobre o alegado aparecimento encenado do armamento desaparecido de Tancos e que não o iam inibir de continuar a expressar a sua opinião sobre o assunto. "Se pensam que me calam, não me calam", disse em declarações ao Público

O Chefe de Estado reagia assim a uma reportagem do programa Sexta às Nove, da RTP, que garantia que o antigo director da PJ Militar, o coronel Luís Vieira, "fez vários contactos com o ex-chefe da Casa Militar da Presidência antes e depois da recuperação das armas". A notícia citou ainda o próprio general João Cordeiro que terá confirmado os contactos, mas negando "ter percebido qualquer encobrimento". 

"Estranho que quem me queira atribuir o que quer que seja o tenha feito sem me ouvir previamente. É o mínimo para qualquer cidadão", disse ao referido jornal diário, acrescentando: "Nunca falei com o director da Polícia Judiciária Militar".

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