O Presidente da República decidiu, esta quarta-feira, devolver a lei da eutanásia ao Parlamento, sem promulgação. O veto de Marcelo Rebelo de Sousa tem a ver com o facto de a nova versão do documento dar primazia ao suicídio assistido, anunciou a Presidência.
RODRIGO ANTUNES/LUSA
Na explicação colocada no site oficial é referido que Marcelo se debruçou apenas "sobre o aditamento introduzido nesta nova versão, que vem considerar que o doente não pode escolher entre suicídio assistido e eutanásia, pois passa a só poder recorrer à eutanásia quando estiver fisicamente impedido de praticar o suicídio assistido".
Para o Presidente torna-se agora importante "clarificar quem reconhece e atesta tal impossibilidade". "Por outro lado, convém clarificar quem deve supervisionar o suicídio assistido. Isto é, qual o médico que deve intervir numa e noutra situação", acrescenta o comunicado da Presidência.
Por considerar que "em matéria desta sensibilidade não podem resultar dúvidas na sua aplicação", Marcelo pede assim ao Parlamento que esclareça estes dois pontos.
A Presidência decidiu também divulgar a carta enviada aos deputados onde fundamenta a sua decisão e pede o esclarecimento das dúvidas.
A nova versão da lei - que já passou pelo parlamento quatro vezes - foi aprovada no dia 31 de março. Contou com os votos favoráveis do PS, IL, BE, PAN e Livre e contra do PCP e Chega.
Descubra as Edições do Dia
Publicamos para si, em dois períodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.