"Verdadeiramente super infeliz para si será o dia em que eu descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que eu acho que deve ser. Nesse caso não lhe perdoo. Espero que esse dia não chegue, mas estarei atento para o caso de chegar", disse o PM a Ana Abrunhosa.
O Presidente da República avisou este sábado a ministra da Coesão Territorial que estará "muito atento" e não a perdoará caso descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que acha que deve ser.
Rodrigo Antunes/Lusa
Na Trofa, no dia em que foram inaugurados os Paços do Concelho de um Município criado há 24 anos, Marcelo Rebelo de Sousa começou o discurso dirigindo-se a Ana Abrunhosa a quem, disse, queria dizer "duas coisas".
"E como não tenho tido oportunidade de o dizer digo-lhe hoje. Quando aceitamos funções políticas sabemos que é para o bom e para o mal. Não somos obrigados a aceitar. Sabemos que são difíceis, são árduas, que estão sujeitas a um controlo e a um escrutínio crescente, a democracia é isso, e há dias bons e dias maus, dias felizes e dias infelizes. A proporção é dois dias felizes por 10 dias infelizes", referiu.
E prosseguiu, ainda dirigido à ministra, com um aviso sobre a execução dos fundos europeus.
"Este é um dia super feliz, mas há dias super infelizes. E verdadeiramente super infeliz para si será o dia em que eu descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que eu acho que deve ser. Nesse caso não lhe perdoo. Espero que esse dia não chegue, mas estarei atento para o caso de chegar", referiu.
Depois, dirigindo-se a milhares de trofenses presentes numa cerimónia que contou com momentos evocativos e culturais e teve convidados de vários quadrantes políticos, Marcelo Rebelo de Sousa falou da história de criação do concelho da Trofa, por desagregação face a Santo Tirso, ambos no distrito do Porto, que acompanhou enquanto líder da oposição ao Governo e por influência do então líder parlamentar do PSD, Luís Marques Mendes.
"O teimoso e obstinado Luís Marques Mendes que, se não é um dos pais, merece pelo menos o título de tio da Trofa", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa contou que a questão da Trofa foi "um dos problemas maiores" que enfrentou enquanto líder do PSD, num processo que estava a tratar a par da revisão constitucional, da adesão ao Euro e da regionalização.
"E pelo meio lá fui tentando apaziguar os de Santo Tirso. Foi um processo longo porque os nortenhos são ligeiramente teimosos. Foi um longo período, esse, e terminou bem e não era fácil que terminasse bem", disse o Presidente da República num discurso com muitos elogios à população "persistente e apaixonada" da Trofa.
O chefe de Estado também falou da importância do poder local e brincou com o legado que o seu sucessor terá ao falar da importância da proximidade com o povo.
"O poder local é um dos exemplos da força da nossa democracia. Não é o único, mas é muito importante (...). Eu nem comparo a felicidade de ser Presidente da República, mesmo vivendo-a apaixonadamente, com a felicidade de ser autarca porque ainda se é mais próximo do povo. O Presidente faz os impossíveis por ser próximo do povo. Quero deixar esse legado ao meu sucessor, é uma espécie de ónus, um encargo funcional que transmito no momento em que o abraçar no dia 09 de março de 2026", disse.
Com a inauguração de um novo edifício, o Município da Trofa deixa hoje de ser o único a não ter Paços do Concelho.
O novo espaço custou 10,4 milhões de euros e situa-se a poucos metros do Parque Nossa Senhora das Dores, no centro do concelho nascido há 24 anos.
Os Paços do Concelho da Trofa foram edificados perto da linha férrea e situado numa antiga fábrica de moagem.
Entre o lançamento da obra e a inauguração passaram-se três anos.
Até aqui os serviços da autarquia estavam espalhados por 17 espaços diferentes.
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