Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que o encontro, em Lisboa, entre o secretário de estado dos EUA e o primeiro ministro israelita "é uma realidade que não passa ao nível do chefe de estado [português]".
Marcelo Rebelo de Sousagarantiu esta quinta-feira que o encontro, em Lisboa, entre o secretário de estado dos Estados Unidos e o primeiro ministro israelita "é uma realidade que não passa ao nível do chefe de estado [português]".
"Foi um encontro entre políticos desses dois países que escolheram o território português para se reunirem", analisou o Presidente da República, à margem de uma visita a uma escola de Vila do Conde, no distrito do Porto.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que "não é a primeira vez que líderes de outros países escolhem Portugal para se reunirem", fazendo um paralelismo entre este encontro de Mike Pompeo e Benjamin Netanyahu, com outros que aconteceram no passado.
"Nos tempo da ditadura, era o presidente do Conselho de Ministros Marcelo Caetano, houve um encontro, nos Açores, entre o presidente americano Nixon, e o presidente francês Pompidou. Queriam tratar questões entre eles, que não tinham que ver com Portugal, mas escolheram o nosso país como local. É o que provavelmente acontece agora", vincou o Presidente da República.
Sobre os contactos entre o governo português e os homólogos norte-americanos e israelitas, decorrentes desse encontro, Marcelo Rebelo de Sousa disse "ainda não ter informações".
"Estou aqui no Norte e a realidade acontece em Lisboa. Saberei o que se passou, na próxima semana, na audiência com o primeiro-ministro. Como não tenho conhecimento do que se está a passar, não me vou prenunciar", vincou.
Marcelo Rebelo de Sousa frisou, ainda assim, uma distinção entre esta reunião em Lisboa entre Pompeu e Netanyahu, e uma outra sucedida em 2003, na Base das Lajes, no Açores, com George W. Bush, presidente dos Estados Unidos, Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido, José Maria Aznar, líder do governo espanhol, e Durão Barroso, então primeiro-ministro português, que despoletou uma intervenção militar no Iraque.
"Dei o exemplo do encontro entre Nixon e Pompidou, no Açores, porque Portugal não esteve envolvido, que é parecido com o que aconteceu agora. Nessa Cimeira das Lajes, foi diferente, o nosso país esteve envolvido, querendo alinhar com os estrangeiros", recuperou o Presidente da República.
Marcelo 'afasta-se' do encontro entre Pompeo e Netanyahu
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.