Manuel Alegre e João Soares pediram ao antigo Presidente brasileiro Fernando Henriques Cardoso que defenda a democracia brasileira contra o candidato presidencial Jair Bolsonaro.
Os socialistas Manuel Alegre e João Soares pediram esta quarta-feira ao antigo Presidente brasileiro Fernando Henriques Cardoso que defenda a democracia brasileira contra o candidato presidencial Jair Bolsonaro, que apelidam de "fascista".
Na carta, a que a Lusa teve acesso, o deputado João Soares e o ex-deputado e antigo candidato presidencial Manuel Alegre lembram a Fernando Henriques Cardoso "a atitude de Álvaro Cunhal e do Partido Comunista Português na segunda volta da eleição presidencial de 1986" em Portugal, nas quais, "apesar das sérias divergências então existentes entre socialistas e comunistas", decidiu convocar "um congresso extraordinário do seu partido com um único objetivo: mobilizar o eleitorado comunista para derrotar o candidato da direita, Freitas do Amaral".
Os socialistas, próximos de Mário Soares que era amigo pessoal de Fernando Henrique Cardoso, vincam que "não há qualquer comparação entre o centrista democrata-cristão Freitas do Amaral e o fascista Jair Bolsonaro", e salientam que "em momentos de escolhas decisivas não se pode deixar de tomar partido".
Por isso, concluem: "com todo o respeito pelo percurso democrático do presidente Fernando Henrique Cardoso, vimos pedir-lhe uma palavra contra Bolsonaro e pela defesa da democracia no Brasil".
Histórico do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e antigo Presidente, Fernando Henrique Cardoso ainda não se anunciou quem apoia na segunda volta das presidenciais, depois de o candidato da sua formação, Geraldo Alckmin, ter ficado em quarto lugar.
A única tomada de posição pública que fez foi um desmentido sobre um eventual apoio ao candidato do Partido dos Trabalhadores (esquerda), Fernando Haddad.
"As redes divulgam que apoiarei Haddad. Mentira: nem o PT nem Bolsonaro explicitaram compromisso com o que creio. Por que haveria de me pronunciar sobre candidaturas que ou são contra ou não se definem sobre temas que prezo para o país e o povo?", escreveu Fernando Henrique Cardoso na plataforma Twitter.
Um dos principais nomes do PDSB, João Dória (que disputa o governo de São Paulo), já anunciou apoio a Bolsonaro.
Por seu turno, Alckmin também recusou qualquer apoio formal do partido a qualquer um dos candidatos que passaram à segunda volta.
"Não apoiaremos nem o PT nem o candidato Bolsonaro. O PSDB decidiu liberar seus militantes e seus líderes", anunciou Alckmin após uma reunião da direção nacional do partido, em Brasília.
O candidato do Partido Social Liberal (PSL) alcançou 46% dos votos válidos na primeira volta das eleições deste domingo e enfrentará no próximo dia 28 de outubro o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) Fernando Haddad, que conquistou 29% da preferência dos brasileiros.
Bolsonaro, um polémico capitão na reserva, ganhou vantagem na corrida presidencial, apesar das manifestações contra si, que levaram milhares de brasileiros às ruas em protesto, principalmente mulheres e representantes das minorias, na véspera das eleições.
Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) irão defrontar-se na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras no dia 28 deste mês, após terem obtido 46% e 29% dos votos, respetivamente.
Manuel Alegre e João Soares opõem-se contra Bolsonaro
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.