PSP indicou que foram registados oito caixotes do lixo queimados em Bela Vista, Setúbal, enquanto em Massamá e em Queluz, no concelho de Sintra, ocorreram mais seis incidentes semelhantes.
Os distritos de Lisboa e Setúbal voltaram a ser atacados entre a noite desta terça-feira e a madrugada de quarta. Ao todo, a direção nacional da PSP contabilizou 24 incidentes de ecopontos e caixotes do lixo incendiados no Bairro da Bela Vista, no concelho de Setúbal, e Massamá, Cacém e Queluz, no concelho de Sintra, e em Loures, no concelho de Lisboa, entre as 23h30 de terça-feira e as 07h10 desta quarta-feira.
Na sua última atualização, a PSP indicou que foram registados sete incidentes com caixotes do lixo incendiados e uma viatura danificada na Bela Vista, com mais 13 ecopontos e um caixote do lixo a serem incendiados em Massamá, Cacém e Queluz, com mais três incidentes de ecopontos danificados e uma tentativa de incendiar um automóvel no concelho de Loures, em que a rápida resposta das autoridades impediu que os danos fossem relevantes.
Em Camarate houve incêndios em quatro viaturas, mas sem origem criminosa e que foram causados por uma anomalia no sistema elétrico de uma delas, segundo a PSP. Não houve registo de feridos ou de outros estragos nem detidos pelas ocorrências.
"A pronta intervenção conjugada dos polícias e dos bombeiros de várias corporações permitiu controlar todos os focos de incêndio e evitar males maiores", sublinha a PSP na nota.
A PSP adianta que está a investigar estes casos e até ao momento não há suspeitos identificados.
No comunicado, a PSP lembra que "as ações criminosas relatadas constituem crimes de dano qualificado e incêndio que afetam diretamente o bem-estar e qualidade de vida das populações, e passíveis de ser punidos com pena de prisão".
Por isso, aquela força de segurança apela às pessoas para que "denunciem imediatamente às autoridades todas as ações idênticas que presenciem ou de que tenham conhecimento, de forma a possibilitar a identificação e detenção dos suspeitos da prática dos crimes".
Num comunicado anterior, a PSP esclareceu que "nada indicia, até ao momento, que [estes incidentes] estejam associados à manifestação" de protesto contra uma intervenção policial no bairro da Jamaica, no Seixal (distrito de Setúbal), no domingo.
O Ministério Público abriu um inquérito aos incidentes no bairro da Jamaica e a PSP abriu um inquérito para "averiguação interna" sobre a "intervenção policial e todas as circunstâncias que a rodearam".
Os focos de incêndio, referiu a fonte da direção nacional, foram observados "pontualmente, em ruas diferentes", sem que houvesse "ajuntamentos, manifestações".
Em alguns casos, foi a própria PSP a apagar o fogo, enquanto noutras foi necessária a atuação dos bombeiros.
A polícia tinha já dado conta, na terça-feira, de um reforço do policiamento com elementos da Unidade Especial de Polícia na Bela Vista e em algumas zonas de Loures e Odivelas (distrito de Lisboa), após incidentes registados durante a noite, com o lançamento de "cocktails Molotov" contra uma esquadra e o incêndio de caixotes e de várias viaturas.
Após a manifestação em frente ao Ministério da Administração Interna na segunda-feira, em Lisboa, quatro pessoas foram detidas na sequência do apedrejamento de elementos da PSP por participantes no protesto, convocado para dizer "basta à violência policial" e "abaixo o racismo".
Este protesto ocorreu um dia depois de incidentes em Vale de Chícharos, conhecido por bairro da Jamaica, entre a PSP e moradores, de que resultaram feridos cinco civis e um polícia, sem gravidade.
O Ministério Público e a PSP abriram inquéritos aos incidentes no bairro da Jamaica.
Os quatro manifestantes detidos em Lisboa vão ser julgados sumariamente a 7 de fevereiro.
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