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Juíza diz que Rui Pinto não é um whistleblower

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 17 de janeiro de 2020 às 18:09

Cláudia Pina invoca legislação europeia para explicar que o fundador do Football Leaks não pode reclamar tal estatuto. Acusação de tentativa de extorsão foi confirmada e o pirata informático vai continuar em prisão preventiva.

Se a fase de instrução do processo de Rui Pinto fosse um jogo de futebol, a equipa do pirata informático e fundador do Football Leaks tinha sofrido uma goleada. Das questões levantadas pelo advogado Francisco Teixeira da Mota – todas de direito – a juíza de instrução Cláudia Pina apenas concordou com uma, que levou à redução do número de crimes de violação de correspondência de 70 para 14. Pior: não só confirmou toda a acusação no que respeita à tentativa de extorsão à Doyen Sports Investments, como deixou claro que – ao contrário do que o próprio tem alegado – Rui Pinto não pode ser considerado um whistleblower (um denunciante) em nenhum país da União Europeia.

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