Secretário-geral do partido recusou-se a comentar a manifestação do Chega, alegando que não contribui para esse peditório.
O secretário-geral do PCP anunciou hoje que o Comité Central do partido decidiu apresentar candidato próprio às eleições presidenciais de 2021 e recusou-se a comentar a manifestação do Chega, alegando que não contribui para esse peditório.
Estas posições foram transmitidas por Jerónimo de Sousa em conferência de imprensa, durante a qual confirmou a intenção de o PCP apresentar o seu candidato presidencial já em setembro, mesmo antes da realização do congresso do partido, que se realiza no final de novembro em Loures.
Questionado se poderá concorrer pela terceira vez em eleições presidenciais, Jerónimo de Sousa afastou essa possibilidade, alegando que o seu partido "encontrará mais e melhores soluções para uma batalha tão difícil".
O perfil do candidato comunista é o de alguém "que parta do cumprimento da Constituição da República e da afirmação dos valores de Abril, e que combata as desigualdades e lute pelos direitos de quem trabalha".
"Tendo em conta esta batalha, vai ser um bom ou uma boa candidata, mas o Comité Central ainda não assumiu o nome do camarada ou da camarada que vai assumir essa grande responsabilidade", disse.
Em relação ao próximo congresso, nesta reunião foram aprovados "os critérios e o processo para a elaboração da lista do Comité Central a eleger.
Por outro lado, ainda no plano interno, foi apontada "a necessidade da planificação, desde já, da terceira fase de preparação do congresso, a partir de final de setembro, "de modo a assegurar o máximo envolvimento e participação dos membros do partido e garantir a justa e necessária orientação dos comunistas portugueses para enfrentar os exigentes desafios dos tempos complexos que se vivem".
Na conferência de imprensa, Jerónimo de Sousa foi questionado sobre a manifestação realizada no sábado pelo Chega, em Lisboa, mas disse que não daria "para o peditório de algumas forças que se apresentam por aí agora no terreno".
"Em 1974, era muito mais difícil", comentou, numa alusão à extrema-direita em Portugal.
O líder comunista repudiou depois o racismo e a xenofobia e considerou que em Portugal "existem claramente episódios racistas".
"Mas com segurança afirmo que o povo português não é racista na sua maioria. Quanto ao PCP, é preciso que se saiba que antes do 25 de Abril de 1974 ser contra o colonialismo era crime. E só havia um partido que era criminalizado por isso: O PCP. Mantemos esse posicionamento de solidariedade com os povos, contra o colonialismo, contra o racismo e xenofobia", acrescentou.
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.